Há um tempo havia recebido uma requisição do Líder do Conselho Supremo. Em frente a uma escrivaninha, sentada em uma cadeira e imersa em seu silêncio contínuo, a mulher cruzava os dedos numa posição pensativa. Quanto tempo fazia que não tinha contato com um regente? Provavelmente, desde que resolvera se casar com um deles. Não sabia exatamente como seria a nova geração de guerreiros, muito menos sabia com quem teria de lidar. Não estava receosa, mas ao menos, planejando como lidaria com aquilo tudo. Era metódica demais para não precipitar qualquer situação e então, as medidas para as mesmas. O antigo regente de Leão e também com quem havia desposado, Hawk, havia lhe comunicado sobre o pedido que Abel fizera a sua pessoa. Quando lia a requisição, realmente admitiu que não havia ninguém mais preparado do que ela para aquela tarefa. O regente de Capricórnio e o regente de Aquário? Irmãos, hm? Pelo decorrer dos anos e o espaço entre eles e, também pela capacidade de quem conhecia, não seria muita surpresa se encontrasse um dos filhos de Easley, seu antigo rival para a regência do signo da cabra. Não ressentia por nada, ele havia merecido. Sua capacidade ia além das mesmas condições que ele tinha e ela respeitara aquilo. Ainda assim, havia perdido. Porém, no momento, se lutasse novamente com o Easley daquela época, o esmagaria sem precisar de muitos esforços. E agora, treinaria dois rapazes aparentemente novos para o cargo. Hunf. Embora minha idade na época estivesse regulando isso, também. Descruzou as pernas, levantando-se. Era uma mulher alta que não aparentava em nada os anos que carregava nas costas. Vestia-se comumente com roupas que tampassem quase todo seu corpo, como calças compridas, botas e camisas de mangas. Luvas eram opcionais, mas ataduras eram mais frequêntes. Rara entre as pessoas do seu signo e se diferindo do albinismo comum entre os capricornianos, Ophelia tinha os cabelos negros e os olhos esverdeados, além da pele clara, porém normal. Seu corpo tampado tinha uma razão, facilmente sugerida pelas cicatrizes vistas em parte de seu rosto e pescoço, como se preenchessem todo seu físico. Marcas de todo seu esforço até chegar ao nível em que estava. Ao ponto do próprio Líder Supremo pedir sua ajuda para treinar dois de seus guerreiros.
Mas antes, avisar a quem precisava. Dirigiu-se calmamente, porém em passos largos e rápidos, até uma das salas da Ala de Treinamento subterrânea da enorme mansão onde vivia. Provavelmente, ele estaria lá. A frente da sala, avistou o enorme leão branco, deitado como um gato preguiçoso. Embora o animal tivesse pleno contato, tanto com Hawk como com Klaus, sua presença nunca fora hostil para ele. Passou ao lado do felino, depositando uma leve carícia em sua juba, recebendo um calmo olhar da fera albina. Sorriu sutilmente em resposta. Não adentrou a sala, onde haviam várias máquinas de exercício e cabines para simulações de batalha. Aquela casa havia sido construída para aquilo. Afinal, tinha objetivos a alcançar e não poderia fraquejar seu físico, em prol do fortalecimento de sua mente. Porém, com o tempo, aquelas salas foram sendo mais usadas pelos homens da casa, enquanto ela se enfiava em pesquisas.
— Klaus! — Chamou-o. A voz feminina e madura ecoou pela acústica do lugar, não sendo necessário uma repetição do nome. Apenas aguardou o filho responder seu chamado.
Mas antes, avisar a quem precisava. Dirigiu-se calmamente, porém em passos largos e rápidos, até uma das salas da Ala de Treinamento subterrânea da enorme mansão onde vivia. Provavelmente, ele estaria lá. A frente da sala, avistou o enorme leão branco, deitado como um gato preguiçoso. Embora o animal tivesse pleno contato, tanto com Hawk como com Klaus, sua presença nunca fora hostil para ele. Passou ao lado do felino, depositando uma leve carícia em sua juba, recebendo um calmo olhar da fera albina. Sorriu sutilmente em resposta. Não adentrou a sala, onde haviam várias máquinas de exercício e cabines para simulações de batalha. Aquela casa havia sido construída para aquilo. Afinal, tinha objetivos a alcançar e não poderia fraquejar seu físico, em prol do fortalecimento de sua mente. Porém, com o tempo, aquelas salas foram sendo mais usadas pelos homens da casa, enquanto ela se enfiava em pesquisas.
— Klaus! — Chamou-o. A voz feminina e madura ecoou pela acústica do lugar, não sendo necessário uma repetição do nome. Apenas aguardou o filho responder seu chamado.