Talvez nada consideravelmente grande tivesse mudado em sua vida nos últimos dias, mas pelo que mudara, já se sentia de alguma forma melhor. Cortara definitivamente Harold de sua vida, e enquanto sentia falta do jogo que jogavam ou de visitar a casa de Arthemis, aos poucos estas pareciam ter mais relevância do que a vontade de vê-lo, o que era um avanço. Havia coisas que o incomodavam, não relacionadas àquele problema, mas estas apenas o tempo resolveria. Ninguém envolvido na confusão anterior estava necessariamente bem, mas imaginava que tinham a capacidade mental para superar e resolverem os próprios problemas. Os que ficavam presos em sua mente eram Arthemis, que estava particularmente abalada, e Nero, a quem sentia que devia muitos pedidos de desculpas e no mínimo, uma conversa sincera.
Caminhava calmamente da faculdade – onde fora resolver alguns assuntos, mesmo tendo o dia livre do trabalho – para casa; normalmente ia de carro, e era uma distância considerável, no entanto, em um tempo agradável, não se importava de fazer o caminho. Com todo o ocorrido, andar o ajudava a pensar, e a aumentar seu cansaço quando chegava em casa, o fazendo ter apenas vontade de estudar e dormir quando se encontrava nela. Seu olhar vagava pela praça que passava, e repentinamente se retesou em um rosto familiar que o trazia lembranças levemente desagradáveis. Heike. No entanto, já digerira todas as informações possíveis sobre o porquê de ter apanhado, e de forma quase engraçada, não sentia raiva alguma do outro. Talvez fosse bom usar a oportunidade e esclarecer certas coisas, se nenhum comportamento violento viesse em sua direção.
Se aproximou do banco onde o mais novo se encontrava, parando em frente a ele em uma distância minimamente segura. – Ei, Heike. Posso falar com você um minuto?
Caminhava calmamente da faculdade – onde fora resolver alguns assuntos, mesmo tendo o dia livre do trabalho – para casa; normalmente ia de carro, e era uma distância considerável, no entanto, em um tempo agradável, não se importava de fazer o caminho. Com todo o ocorrido, andar o ajudava a pensar, e a aumentar seu cansaço quando chegava em casa, o fazendo ter apenas vontade de estudar e dormir quando se encontrava nela. Seu olhar vagava pela praça que passava, e repentinamente se retesou em um rosto familiar que o trazia lembranças levemente desagradáveis. Heike. No entanto, já digerira todas as informações possíveis sobre o porquê de ter apanhado, e de forma quase engraçada, não sentia raiva alguma do outro. Talvez fosse bom usar a oportunidade e esclarecer certas coisas, se nenhum comportamento violento viesse em sua direção.
Se aproximou do banco onde o mais novo se encontrava, parando em frente a ele em uma distância minimamente segura. – Ei, Heike. Posso falar com você um minuto?