Heike, como vinha fazendo nos ultimo dias, se encontrava enfurnado no quarto de Zion jogando algo qualquer em um de seus consoles. Mal se lembrava a última vez que tinha ido para casa e ainda que Abel se mostrasse preocupado, estava acostumado com a ausência do loiro por dias seguidos.
Não sabia dizer onde o ruivo estava naquele instante. Talvez estudando? Dormindo em outro lugar? Comendo? De que importava, afinal? Ele era um pé no saco. Um pé no saco que não estava deixando o ariano ir para o fundo do poço. Com seu jeito próprio ele distraía o mais velho de sua dor e era bom o suficiente para não ligar de verdade de sua presença por tantos dias seguidos. Sabia muito bem que provavelmente estava incomodando, mas mesmo que não fosse admitir só não queria ficar sozinho por muito tempo. Depois que ele e o maior quase transaram achou que ficaria desconfortável em sua presença, mas nada tinha mudado realmente. O babaca continuava apaixonado por Arthemis e ambos pareciam estar se resolvendo finalmente, enquanto o loiro ainda seguia com Nero na cabeça. Nero, Nero, Nero. Parecia até uma maldição que o perseguia.
O pior de tudo era que não conseguia realmente passar por cima daquilo. Já tivera paixões diversas, mas aparentemente nada forte como aquilo que vinha sentindo pelo moreno. Será que era porque nem chegou a ter nada com ele, nem mesmo declarado e já fora rejeitado? Duvidava. Não era tão vadia quanto os amigos pensavam e na verdade o número de pessoas que já havia transado era relativamente pequeno para quem saía tanto. Então não era do tipo que realmente ligava se dava certo ou não. Pensar que realmente estava gostando dele era algo que o fazia grunhir, rolar no chão, querer quebrar os videogames a frente. Era chato, era insuportável, era lamentável. Na verdade já estava de saco cheio disso, de se sentir triste toda vez que via Nero feliz falando de sua paixão. De se sentir desanimado e ao mesmo tempo feliz toda vez que ficava perto dele. Aquilo era uma tortura e a paciência do loiro já estava no limite consigo mesmo. Se dar um tapa no próprio rosto e se mandar superar aquilo fosse resolver, com certeza já teria feito isso. Mas não. Pelo menos não estava mais chorando e se pendurando em Zion por aí para aplacar um pouco a carência e tristeza que sentia.
Xingando pelo fone o retardado do amigo com o qual jogava online, se distraía de modo positivo ao que enfiava uma chuva de balas na cabeça de adversário após adversário, rindo maldoso a medida que causava uma chacina. Se gabava humilhando o resto dos amigos que compunham seu time, quando levou um susto e quase jogou a manete longe ao sentir o celular começar a vibrar no colo. Pausando a chamada e se escondendo no jogo, franziu o cenho pensando ser Abel pela décima vez aquele dia, quando viu "Filho da Puta" escrito no visor abaixo do número. Aquele era Nero. Arrancando os fones de ouvido da cabeça, levantou-se e foi até a sacada do quarto, o coração batendo acelerado no peito. Sentia-se enjoado só de imaginar falar com ele. Ao mesmo tempo que queria, também não sabia se ia ter saco para aguentar se ele começasse a falar de Rin novamente. Mas ouvir sua voz aquela hora da noite era tentação demais. Patético, pensou ao atender com má vontade.
Mas acabou prendendo a respiração quando a voz que esperava ouvir estava estranha, quase como se ele estivesse.. Chorando? Nero, pausa, não fode. O que aconteceu? Perguntou ríspido, já ficando nervoso, o coração quase saltando pela boca. O imbecil ligava pra ele no meio da noite quase, com voz de choro e dizia que não sabia onde estava. Aquilo era alguma brincadeira? Heike ia quebrar a cara dele.Você 'tá bem!?
Não sabia dizer onde o ruivo estava naquele instante. Talvez estudando? Dormindo em outro lugar? Comendo? De que importava, afinal? Ele era um pé no saco. Um pé no saco que não estava deixando o ariano ir para o fundo do poço. Com seu jeito próprio ele distraía o mais velho de sua dor e era bom o suficiente para não ligar de verdade de sua presença por tantos dias seguidos. Sabia muito bem que provavelmente estava incomodando, mas mesmo que não fosse admitir só não queria ficar sozinho por muito tempo. Depois que ele e o maior quase transaram achou que ficaria desconfortável em sua presença, mas nada tinha mudado realmente. O babaca continuava apaixonado por Arthemis e ambos pareciam estar se resolvendo finalmente, enquanto o loiro ainda seguia com Nero na cabeça. Nero, Nero, Nero. Parecia até uma maldição que o perseguia.
O pior de tudo era que não conseguia realmente passar por cima daquilo. Já tivera paixões diversas, mas aparentemente nada forte como aquilo que vinha sentindo pelo moreno. Será que era porque nem chegou a ter nada com ele, nem mesmo declarado e já fora rejeitado? Duvidava. Não era tão vadia quanto os amigos pensavam e na verdade o número de pessoas que já havia transado era relativamente pequeno para quem saía tanto. Então não era do tipo que realmente ligava se dava certo ou não. Pensar que realmente estava gostando dele era algo que o fazia grunhir, rolar no chão, querer quebrar os videogames a frente. Era chato, era insuportável, era lamentável. Na verdade já estava de saco cheio disso, de se sentir triste toda vez que via Nero feliz falando de sua paixão. De se sentir desanimado e ao mesmo tempo feliz toda vez que ficava perto dele. Aquilo era uma tortura e a paciência do loiro já estava no limite consigo mesmo. Se dar um tapa no próprio rosto e se mandar superar aquilo fosse resolver, com certeza já teria feito isso. Mas não. Pelo menos não estava mais chorando e se pendurando em Zion por aí para aplacar um pouco a carência e tristeza que sentia.
Xingando pelo fone o retardado do amigo com o qual jogava online, se distraía de modo positivo ao que enfiava uma chuva de balas na cabeça de adversário após adversário, rindo maldoso a medida que causava uma chacina. Se gabava humilhando o resto dos amigos que compunham seu time, quando levou um susto e quase jogou a manete longe ao sentir o celular começar a vibrar no colo. Pausando a chamada e se escondendo no jogo, franziu o cenho pensando ser Abel pela décima vez aquele dia, quando viu "Filho da Puta" escrito no visor abaixo do número. Aquele era Nero. Arrancando os fones de ouvido da cabeça, levantou-se e foi até a sacada do quarto, o coração batendo acelerado no peito. Sentia-se enjoado só de imaginar falar com ele. Ao mesmo tempo que queria, também não sabia se ia ter saco para aguentar se ele começasse a falar de Rin novamente. Mas ouvir sua voz aquela hora da noite era tentação demais. Patético, pensou ao atender com má vontade.
Mas acabou prendendo a respiração quando a voz que esperava ouvir estava estranha, quase como se ele estivesse.. Chorando? Nero, pausa, não fode. O que aconteceu? Perguntou ríspido, já ficando nervoso, o coração quase saltando pela boca. O imbecil ligava pra ele no meio da noite quase, com voz de choro e dizia que não sabia onde estava. Aquilo era alguma brincadeira? Heike ia quebrar a cara dele.Você 'tá bem!?