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    [#01] Treinamento / Update — REN

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    [#01] Treinamento / Update  — REN Empty [#01] Treinamento / Update — REN

    Mensagem por RenWalker Qua Jun 25, 2014 7:13 am

    Treinamento focado em: Ren Walker
    Personagens coadjuvantes: Heike Walker, Harold Wilhelm (aparece numa pequena parte)
    Local: Floresta tropical fora da nave, casa de Tae.
    Mestre: Tae. (antigo geminiano)

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    Ren, eu preciso de um sucessor. Eu confio em você o suficiente para me suceder...

    Uma semana antes, Ren passou a pensar ainda mais sobre tudo que envolvia a si mesmo. Sua família, quem era sua mãe, como estava seu pai e sobre sua história. Passou a refletir e suspeitar de que, por mais que devesse se conhecer, era a única pessoa que menos conhecia. Não poderia adquirir maturidade e sabedoria naquele estado, tampouco fortalecer-se. Em contato com Tae, este ofereceu treinamento o sagitariano, no entanto, sua morada ficava fora da nave. Ren topou, e Tae prometeu lhe contar mais do ruivo assim que o mesmo atingisse sua força máxima e tivesse paciência o suficiente para descobrir sobre si. E paciência era uma coisa que Ren, no estado que se encontrava, não possuía.

    Abel precisava de um sucessor. Alguém que, acima dos guerreiros zodiacais e do Conselho Supremo, pudesse governar tudo o que estava dentro da Nave e em seus arredores. Ren não queria aceitar. Não queria responsabilidades. Não tinha condições de tomar conta de uma nave enorme como aquela se não tomava conta nem de si mesmo! Sempre rejeitou o pedido de Abel, no entanto, Ren queria mudar o que o tornava tão fraco e frágil.

    Abel, eu não posso... Eu sou fraco, sou vulnerável... Pra falar a verdade, eu nem sei como consegui me tornar um regente de Sagitário. Olhe para o passado! O anterior era um homem forte e brávio, meu pai era, os antigos eram... Eu sou o mais fraco entre todos e sem credibilidade. Não tem como eu viver de carisma... Preciso proteger meus amigos, não viver para ser protegido.

    Abel respirou fundo e, pela primeira vez, Ren estava certo e dizia algo sensato.

    Tens razão... Mas eu não posso treinar você. Não temos o mesmo tipo de energia e Noir vai treinar Hans. O restante está bastante ocupado com assuntos da nave e...

    Tae. ─ Ren cortou o Líder. ─ Tae vai me treinar.

    Tae, o antigo geminiano?

    Ele mesmo.

    Oh, que saudades dele! Me lembro que ele vivia andando com Ryotaro e com seu pai! ─ Riu baixo. Percebendo que falava demais sobre o parte do passado de Heike, Abel resolveu se calar rapidamente e voltou ao assunto. ─ Mas... Tae está fora da nave, não está? Como fará para chegar até ele?

    Consegui uma autorização com o 10° líder, Romeo, levarei Júpiter comigo num transporte e sairei da nave montado nele.

    É um trajeto perigoso até a casa de Tae... Pode ser um pouco perigoso... Tome cuidado, viu?

    Eu tomarei! Aliás, eu acabei me lembrando e não pude deixar de sentir saudades... Quando levei Heikkun comigo pra fora da nave. Ele era tão pequenininho e magrinho! Quem o visse, nunca imaginaria que ele teria se tornado tão forte. Eu entrei em desespero quando ele e Harold se atacaram.

    E nem eu sei o que fazer. Às vezes, fico pensando no que Kain faria... ─ Mais um vez, falando demais. No entanto, após falar, Abel suspirou pesadamente. "O que Kain faria? Foi ele que provocou tudo isso!" ─ Digo, ele sabia como encarar essas coisas e tomar decisões no impulso.

    Vocês sempre foram diferentes. ─ Ren sorriu. ─ Kain era voltado pra força, você é voltado para a mente e espírito... Um completaria o outro se ele não fosse um filho da puta. E se ele tá provocando isso, ele vai pagar, com toda a certeza. Ah! Tive uma ideia! Tae sabe lidar com treinamentos mais pesados, e sendo fora da nave, pode ser ótimo pro Heikkun esfriar a cabeça! Eu poderia levá-lo comigo! Além do mais, isso poderia ajudar em seu treinamento... Tanto na força quanto no controle.

    Eu não vejo outra escolha. Tome conta dele. ─ Sorriu.

    Mas é claro que tomarei conta! É meu filho. Vou ficar forte para protegê-lo!
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    Encontrar sua essência, a chave para seu próprio mistério e os dilemas que o próprio sagitariano criou. Viver em meio a confusão de sua mente e tampouco saber o que seu coração queria para si além de seu relacionamento amoroso, o que deixava Ren deprimido. Um sagitariano deprimido? Logo Ren? Sua vida estava conturbada. Queria sair dali, queria respirar e fugir para qualquer lugar. Fugir de si mesmo.

    Queria levar Harold junto, mas infelizmente não pôde. Além de Abel não permitir, o capricorniano deveria permanecer na nave e treinar seu autocontrole. E, além de Harold, Ren deveria fazer o mesmo. "Ele tá fazendo isso por mim, então... Quero retribuir e amadurecer." Pensou, arrumando suas coisas e pronto para se despedir do albino, carregando seu filho consigo. Tae batia na mesma tecla, mas não desistia de Ren, e tampouco Harold. Iria treinar com o antigo geminiano, a fim de se fortalecer mental e fisicamente. Se tornaria mais forte, digno de sua posição no zodíaco e, claro, fazer com que seu mestre cumpra a aposta.

    "Renny, se você, de fato, amadurecer... Eu te conto sobre tudo o que precisa saber. Sobre Dimitri, sobre Nerissa e... Lilith."

    Sem mais informações, Ren estava obstinado a se tornar forte. A lutar contra esses males e fraquezas dentro de si, e treinar sua capacidade em grupo. Despertar a sabedoria sagitariana e se tornar o perfeito juiz, dom que sua posição no zodíaco lhe dá. Fechou os olhos e refletiu, respirando fundo e carregando sua bagagem consigo, pelos corredores. A sensação de que em breve veria o mundo mais uma vez, fazia o jupiteriano se lembrar de quando era criança, somente Júpiter e ele, vagando pelos arredores da nave.

    Fora à ala onde Júpiter estava, programada artificialmente para abrigá-lo, e o levou consigo pelos corredores. Júpiter caminhava calmamente, obedecendo Ren em cada ordem que o ruivo dava. E Júpiter não o obedecia por considerar Ren seu dono; tampouco o considerava assim. Ele o obedecia por amá-lo e respeitá-lo; era tão independente quanto o dono.

    Após buscar Júpiter, dirigiu-se à nave do fogo, passando por lá para buscar Heike, como havia combinado.

    Está tudo pronto, Heikkun? A casa de Tae fica longe... Faremos algumas paradas. Não posso pegar condução por levar Júpiter junto. ─ Sorriu triste pelo cavalo, porém, adorava viajar nele. Podia ver o lado de fora, sentir o vento em seu rosto e sentia-se livre quando nada o impedia de seguir em frente. ─ Se bem que... Ah! ─ Sorriu ao se lembrar. ─ Tenho um comunicado que me permite levá-lo numa condução maior! Então o faremos. Depois sairemos da nave e iremos para onde Tae mora. É um pouco perigoso, então devemos tomar cuidado.

    Colocou a bagagem - e Júpiter agradeceu por ser bem leve, até - sobre o cavalo, acariciando o topo da cabeça do mesmo.

    Aproveite para se despedir de Nero. Eu vou falar com Haro agora... Leve Júpiter com você. ─ Abraçou o ariano antes de ir, deixando os dois animais no local. Só estava preocupado com o animal mais sensato, Júpiter. Ok, brincadeira essa parte. Ren pensa em coisas aleatórias em engraçadas, o que faz sentido, porque ele é sagitariano e sagitariano não presta muito. ─ Cubra os olhos de Júpiter se for transar com aquele grandalhão! ─ Retirou-se de lá, indo, agora, em direção aos corredores entre as naves.

    Agradeceria à Harold por ajudá-lo a manter o controle e, também, por deixa-se mudar. Não era fácil mudar a cabeça de um psicopata; na verdade, era impossível. Mas Ren via uma luz no fim do túnel e, de certa forma, sentia que podia confiar no capricorniano e o fazia, apesar do choque ao saber a verdade sobre a infância e a vida do albino. O amava, independente das circunstâncias.

    Se Harold deu um crédito à preocupação de Ren, por que não fazer isso sobre o mais novo?

    Virou um dos corredores e então direcionou-se ao local que Harold sempre se enfiava, bem mais que seu quarto (que só usava pra dormir): A sala onde ele projetava todo o seu trabalho. Sabia a senha, não precisou pedir permissão nem nada e entrou como se fosse o dono da sala. Mas logo que pisou ali, abriu o berreiro e começou a chorar, correndo até o albino - que estava de pé - e envolvendo sua cintura com os braços.

    Haro! ─ Fez um bico nos lábios, logo enfiando a cara no tórax alheio. ─ Eu vou ficar longe... Prometa que vai manter contato comigo pelo comunicador agora! E prometa que não vai me trair...
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    [#01] Treinamento / Update  — REN Empty Re: [#01] Treinamento / Update — REN

    Mensagem por Harold Wilhelm Dom Jun 29, 2014 8:49 pm

    Não era a primeira vez que se pegava distraído, desde que ouviu o conteúdo daquele chip. Aquilo o fazia refletir de tal forma que não tinha motivos para fazer durante muito tempo. Evoluiria por conta daquela mudança? Era realmente algo necessário para si? Fazia por Ren, pela preocupação dele. Zion era contra, por ser seu irmão, também o levava em consideração. Mas no momento, tinha que pensar por si só.

    Teria de rever tudo a partir do zero. Tinham muitas coisas a serem levadas em pauta e Harold faria uma análise precisa de cada detalhe, para que nada escapasse. Seu posto de líder foi retirado de si, mas de estrategista não. A conversa que havia tido com Lilith, também, em momento algum, deixou de ter relevância em sua mente. Tudo parecia ser paralelo, mas se estava ali e estava envolvido, então cada coisa tinha uma tênue ligação. As medidas que tomaria a partir dali precisariam ser analisadas com o máximo de cautela e, a primeira, já estava sendo.

    Repetia a mensagem, ditada por Arthemis, diversas vezes pelo áudio do enorme computador em sua sala - a que se enfurnava e não saía por motivos pouco convincentes. Se não fosse por Ren - que invadia o local por conta própria - ou por Zion - que trabalhava junto com ele vez ou outra -, Harold não se importaria de viver isolado no lugar, trabalhando e meditando. No momento, meditava. Sentado na cadeira, de frente para a tela hologramática, com as pernas cruzadas em posição indiana. Olhava para a tela, mas não exatamente para ela. O olho exposto tinha um alvo de visão bem além. Com as mãos unidas sobre o próprio colo e dedos entrelaçados, imerso ao silêncio da solidão em sua sala de trabalhos, o Capricórnio se afundava em seu próprio e extenso Universo interno. Fechava-se para o mundo, em diversos sentidos. Ali se sentia bem.

    E todo aquele Universo estava para mudar. À força. O que o fazia voltar a primeira questão: aquilo o faria evoluir? Pois a única coisa que tinha em mente, a partir daquele momento, era sim, a evolução. A perda de seus braços, a perda de seu olho e agora: a perda, mesmo que parcial, de sua personalidade. Não só seu corpo se desmontava, como sua mente também. Porém, nada desnecessário. A tela hologramática exibia projetos que tinha em mente para si próprio. A nova arma que embutiria na nova prótese e a nova visão que teria.

    Se aquilo significava depender de máquinas para se fortalecer, não via como fraqueza. Era melhor do que depender de carne, sangue e ossos: tão mais frágeis do que o puro aço. Se tivesse de virar um ciborg, não hesitaria.

    Então, se abandonar o próprio corpo o fortalecia, por que não abrir mão da própria mente? Afinal, não deixaria de ser quem é. E sim, de ser um problema. Mesmo que não se importasse com nada daquilo. Era seu trabalho. Era sua obrigação. Sua responsabilidade, como regente de Capricórnio. Independente daquilo que chamavam de "amor", que sentia por Ren. Independente da afeição que sentia por quem considerava "irmão", Zion. Independente da carnificina que praticamente induziu Heike a fazer e, novamente, independente de todos que sofreram por causa disso.

    "Não é problema meu." não justificava mais. Tinha ido longe demais e, sem se importar com a própria vida, não tinha mais motivo para seguir com aquilo. Com aquela brincadeira de criança. Não era mais uma. Estava na hora de se divertir conforme as regras, pois julgar todos como inferiores e ser nada mais que um problema, não era nada coerente. E detestava incoerências. Se Ren, o Sagitário imprestável, resolveu mudar para melhorar, por que ele faria o inverso?

    Mas, é incrível como, mesmo assim... Não conseguiria me importar menos com isso. - Sorriu, derrotado pela própria apatia. Não era se convencendo de tudo aquilo que começaria a sentir algo por conta própria. Se aquilo fosse possível, aquela terapia maluca não seria necessária.

    Senhor... ?

    Eu sei, Arthemis. Eu já me decidi e não é como se o baixinho fosse me deixar escolher outra coisa. Também devo coisas à ele. E não suporto dívidas. — Descruzou as pernas e enfim tocou os pés ao chão. — Já deve estar quase na hora. Desligue a tela, ele não me vê já faz alguns dias e algo me diz que de hoje não passa. Não quero que ele fique sabendo com detalhes sobre isso. Mesmo tendo sido ele a pedir. — Referia-se à Ren, obviamente. Conhecia muito bem a personalidade do regente do nono signo para deduzir sem esforço, cada coisa que ele faria.

    Levantou-se, estalando as costas e o pescoço, afastando-se de sua mesa e indo em direção ao nada, começando a andar sem rumo pelo quarto. Se movimentar o fazia pensar melhor às vezes. Também não posso deixar Ren cego sobre Lilith. Ele vai precisar saber disso uma hora ou outra. Mas, seria agora o momento apropriado? A perguntou pairou em sua mente, até a resposta invadir a sala e lhe agarrar a cintura, como um cachorro abandonado.

    Aos prantos e preocupado sobre traição. Iria para longe e não deu aviso prévio sobre quando voltaria, até então. Mas pela expressão que fazia, seria por muito tempo. Como sempre, não era nada complicado deduzir as coisas sobre Ren apenas sobre seus atos. Suspirou fundo, observando serenamente a cabeça laranja mergulhada em seu peito. A canhota repousou ali, depositando-lhe uma carícia leve e a destra, envolveu a cintura fina do regente. Riu irônico. Estaria com a cabeça perturbada demais nos próximos dias para ao menos pensar em sexo ou qualquer outro tipo de afeto. E talvez, se Ren presenciasse o estado em que ficaria dali por diante, apenas dificultaria conversar com ele sobre coisas que iriam por si só abalar seu psicológico. Mas, a resposta de sua questão mental estava ali: agarrada a si como se nunca mais fosse vê-lo de novo.

    Shh, hey. Não precisa chorar, você tem quantos anos mesmo? Relaxe. Vou manter contato quando eu quiser, o suficiente pra deixar você constantemente com saudades de mim. — Ren não estava preparado ainda. — E deixe de ser trouxa, não vou te trair. — Não poderia contar nada. — Só que, eu tenho que te contar... — Não exatamente, contar, é claro. Mas ninguém disse que... — ...Algo que você precisa saber. — ... Não poderia insinuar.

    Mas! Infelizmente, eu esqueci o que é agora. Quando você voltar eu já terei lembrado, então, me cobre, sim? — Só para evitar perguntas. Mas Ren não acreditaria nele, era óbvio. Menos ainda, com a cara de salafrário que estampava na maior cara de pau. Não poderia perder o costume de fazer Ren pagar o papel que ele melhor representava: papel de palhaço. — Comporte-se e não desmaie com tanta frequência. — Alguém poderia fazê-lo parar, na verdade.

    O sorriso cínico desapareceu, quando levou a mão ao queixo do rapaz, levantando sua cabeça para que o olhasse. Sério, proferiu sem um único tom de desdém. — Fique forte, Ren. Para que eu possa te contar sem ter com o que me preocupar. — Inclinou-se até alcançar a altura do jupiteriano, selando os lábios deste. Deixaria para contar depois. Ren iria se distanciar e, precisaria manter a concentração em seus objetivos. Ele ainda não tinha mentalidade para saber o que necessitava. Foi a maneira como Harold julgou. Separou o beijo e afastou-o pouco, franzindo o cenho enquanto fazia um sinal para que ele fosse de uma vez. — E vê se chora menos, também.
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    [#01] Treinamento / Update  — REN Empty Re: [#01] Treinamento / Update — REN

    Mensagem por RenWalker Ter Jul 01, 2014 2:05 pm

    Ingenuidade. Era a palavra que definiria Ren naquele momento. Embora tivesse passado por tanta coisa até chegar onde estava, adquirindo experiência e se tornando cada vez mais forte, o sagitariano ainda era fraco e, após o incidente, teve a certeza disso, e de que deveria, de alguma forma, mudar aquilo em si. Ficaria por um tempo for; o treinamento árduo de Tae oferecido pelo mesmo ao rapaz de cabelos alaranjados chegara em boa hora, sem um tempo estipulado ou pressão, tampouco pressa naquilo. Levaria o tempo que precisasse e só voltaria quando estivesse pronto para o pior, mental e fisicamente.

    Harold era gélido, ao mesmo tempo que era quente. Ren podia sentir o calor do corpo alheio contra o seu, e a diferença entre as alturas era bastante considerável. Perto do albino, Ren era como uma criança indefesa. Preocupava-se com coisas bobas, agiu de forma sensível e impulsiva, mas confiava no maior e sabia que este não o trairia. E, por mais que escondesse aquilo, sabia que Harold não se encontrava em seu melhor estado. Aquilo era uma prova de amor. Teve a certeza de que era amado pelo rapaz e Re retribuia totalmente esse amor.

    Não evitou chorar mais ainda, deixar-se ser beijado pelo caprino e, em seguida, o abraçando com força novamente. Sentia bem o cheiro do outro e queria gravar aquilo em sua mente. Queria lembrar-se do cheiro de seu amado toda a vez que dormisse ou hesitasse em algum treinamento. Nunca achou que pudesse amar tanto uma pessoa como agora o fazia. E por mais que, um dia, tivesse se apaixonado por Dio, Ren descobriu que sua paixão não era amor... Não chegava perto de amor "entre homens" e sim, era um amor fraternal — diferente do que aconteceu com Harold.

    Contudo, Ren ficou curioso com o que Harold queria dizer. O que era tão importante que o albino só poderia dizer se Ren se tornasse forte? Assim como Harold, Tae também queria contar alguma coisa ao sagitariano. De natureza curiosa, ergueu uma das sobrancelhas, afastando-se um pouco do mais alto para poder fitá-lo melhor. E claro, não sairia do lugar até que o capricorniano dissesse.

    O que você tem pra me dizer, Haro...? ─ Secou as lágrimas com a manga comprida de sua veste superior, voltando a fitá-lo. ─ VOCÊ NÃO ESQUECEU NADA, HARO! APOSTO QUE LEMBRA SIM! VOCÊ QUER ME MATAR E ME ODEIA! ─ Exagerado como sempre, a cena se tornou cômica. Apontou para o mais novo, tocando no tórax do mesmo e berrando no local. ─ HARO, PARE COM ISSO E ME DIGA AGORA! ─ Agora Ren chorava, mas de uma forma barulhenta e engraçada.

    Até que o comunicador bipou. O ruivo levou um dos dígitos ao touch localizado em sua orelha, escutando atentamente o que era dito. A ordem, dita naquele pequeno aparelho, foi de que Ren deveria, apressadamente, se dirigir à saída do local e encontrar-se com Heike e Júpiter. O jupiteriano suspirou pesadamente, tocando o peitoral de Harold com a palma da mão. Voltou a olhá-lo, dessa vez franzindo o cenho.

    Eu voltarei, Haro. E vai me contar o que tem pra dizer. Voltarei forte e então não terá mais desculpa pra guardar isso de mim! E tudo isso porque... Estou morrendo de curiosidade... ─ Era como se a aura negra do sagitariano pudesse ser vista naquele momento. Mais uma cena sem noção e cômica.

    Levantou-se na ponta dos pés e envolveu o pescoço alheio com os braços, podendo tocar seus lábios aos do albino. Um sorriso estampava os lábios do mais velho e, em seus olhos, a vontade de ficar perto do rapaz, mas tendo de treinar e passar um bom tempo longe do mesmo.

    Se cuide. Vê se come direito e não viva só de café.

    Antes que pudesse chorar de novo, respirou fundo.

    Eu te amo.

    Afastou-se de Harold e se dirigiu pelos corredores, seguindo um deles e então caminhava até a saída. E não, Ren não conseguiu não chorar.

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    Secadas as lágrimas e chegando à saída da Nave Principal, viu Júpiter, as poucas bagagens e Heike de longe e correu até ambos. Abel e alguns seguranças estavam lá para acompanhar os guerreiros até a saída, e então, Ren despediu-se de todos que estavam ali - principalmente de Abel - e subiu em Júpiter, com a bagagem em suas costas. Deu graças pela bagagem ter alças, podendo então usá-la como mochila.

    Heikkun! Enquanto a gente vai pra casa do Tae, o que acha de cantarmos alguma coisa? Tipo aquelas musiquinhas de excursão! O que você acha? ─ Já se preparavam para sair e já se despediram das pessoas mais próximas - e de abel, claro -, tomando rumo à morada do antigo geminiano, do lado de fora da Nave Mãe. Aquilo trazia ótimas lembranças ao sagitariano, de quando Heike e ele saíram para encontrar sua essência. Aquilo estava se repetindo.

    Eu posso começar! Heikkun roubou pão na casa do João, assaltou a geladeira e levou tudo na mão... Sua vez, Heikkun! Ou você prefere cantar outra coisa? Gosta de jogo de palavras? Já sei! Eu começo! Porta! Aí você diz algo relacionado e quem repetir a palavra, perde e tem que pagar um mico!

    Ren falava alto, quase berrava, enchendo o saco de Heike que o acompanhava por outro meio, ao lado do sagitariano e do cavalo. Abel de longe conseguia ouvir e começava a sentir pena do coitado do ariano.

    Talvez fosse melhor sacrificá-lo ao invés de Ren tomar conta dele... Coitado de Heike...
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    [#01] Treinamento / Update  — REN Empty Re: [#01] Treinamento / Update — REN

    Mensagem por Heike_Walker Ter Jul 01, 2014 10:57 pm

    Heike estava em seu quarto na nave do fogo, sentado na beirada da cama e olhando para um ponto na parede de forma apática.

    Sendo tão enérgico não era de seu costume ficar daquela forma por muito tempo, mas depois que havia despertado na enfermaria da nave principal e lembrado de tudo que havia feito, depois de ter aquela longa conversa com Nero, com Abel, com Ren e mesmo depois de ter tentado conversar com Aya, o ariano via-se perdido em pensamentos com frequência.

    Após ter saído de sua estadia de recuperação, o jovem não voltou para o quarto de Nero, por mais que no fundo estivesse praticamente se matando por isso, de tanto que precisava da presença do taurino nesses dias que se seguiram. Porém tinha completa ciência de que se ficasse dependendo do outro para se sentir bem, nunca conseguiria superar aquilo, então se forçava a caminhar com os próprios pés. Não que isso estivesse durando, afinal, logo que saiu do hospital fora informado por Ren que este pretendia sair novamente em viagem e que tinha de ir com ele.

    Não era idiota de não entender o motivo de definirem que ele também iria, mas aceitaria sem questionar. Depois de sua conversa com Abel, estava tentando sentir-se agradecido por não ter sido sacrificado e forçava-se a ver aquilo como uma coisa positiva, como uma oportunidade da fazer valer a pena dessa vez. Era o regente de áries e estava ali por um motivo, então não iria desistir por mais que ainda a poucos dias atrás estivesse sem esperanças, fazia parte de si lutar pelos próprios ideais e o faria até que não restasse força nenhuma. Como iria dar orgulho para seu avô, desistindo no meio do caminho? Inadmissível.

    Enquanto se forçava a acreditar naquilo, tentava não pensar na rejeição de Aya, quem havia ferido não só no que diz respeito ao físico, mas na confiança também. Agora iria embora e não fazia ideia de quando voltaria, mas não poderia insistir mais. Só esperava que ele estivesse disposto a conversar novamente quando se vissem...

    Acabou tendo os pensamentos interrompidos quando Ren entrou no local junto a Júpiter, então levantou-se com um suspiro e apenas assentiu ao que era dito. Aproximou-se do grande animal e abriu um pequeno sorriso, fazendo carinho em seu pescoço enquanto levava uma bufada na cara. Tinha tanto tempo que não via ele que estava com saudade até... Adorava a imponência e a força que ele representava, e o seu jeito mal humorado o divertia. Distraía-se concordando com o sagitariano até que ouviu a ultima parte e teve a decência de ficar sem graça no que seria a primeira vez na vida.

    Vá se ferrar, sua puta. Disse apenas, muito mais calmo do que normalmente era. Vá logo se despedir daquele projeto de gente insuportável, que não estou com paciência de ficar te esperando. Resmungou, saindo de perto do cavalo e pegando a mochila em cima da cama. Quando se virou Ren não estava mais ali e foi com um suspiro satisfeito que pôde seguir pelos corredores tranquilos sem a falação do menor. Pelo visto aquela seria uma longa viagem.

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    Não demorou a chegar no portão e logo que acionou o alarme da própria moto esta veio flutuando sozinha do galpão, guiada pelo sistema que fazia conjunto com a armadura compactada em blocos dentro da mochila. Apoiando-se nela assim que possível, o ariano passou a mão pelo cabelo curto de forma frustrada, perguntando-se se o menor iria demorar muito.

    Não iria se despedir de Nero, como o sagitariano sugeriu. Além do maior já saber que teria de partir, não tinha nada a dizer a ele e o fato de sequer saber quando voltaria só iria contribuir para deixar ambos desanimados. Heike afinal já sabia muito bem como se sentia em relação ao taurino e pelo próprio bem tentava não pensar muito nisso. Não fazia nada bem para o próprio orgulho quase nulo agora ficar constrangido sozinho pensando no outro, então preferia evitar o tópico por mais que não tivesse mais dúvidas.

    Talvez ligasse para ele em algum momento, não tinha certeza.

    Fechou os olhos, suspirando novamente aquele dia e pensando que seria bom ao menos poder abraçar ele uma última vez. Mas sabia que no momento ele estaria ocupado com seus novos deveres de líder, então não iria interromper. Não sentia-se irritado ou magoado pelo fato de Nero ter pego seu lugar. Na verdade, sentia-se quase orgulhoso do outro e para ser sincero não conseguia ver ninguém melhor para o cargo. Tirando aquela preguiça e indiferença do moreno, Heike pensava que o outro deveria ser mais capacitado ainda que a si mesmo para realizar os deveres. Nero era ridiculamente forte e tinha a presença e imponência necessárias para criar o respeito dos soldados além de ser muito inteligente e atento, então o ariano não tinha dúvidas de que ele se sairia bem.

    Sentindo o peito apertar por pensar que sequer tinha a oportunidade de presenciar o outro tomando seu lugar, desejou ter um cigarro para se distrair, quando viu Abel e alguns soldados se aproximarem.  Bufou pesadamente e rodou os olhos ao ver o sorrisinho simpático no rosto do pisciano e agora quase podia sentir as veias saltarem de irritação apenas de olhar naquela cara. Tinha um eterno respeito pelo homem, afinal devia sua vida a ele por duas vezes, mas não conseguia deixar de se irritar mesmo sem ele ter feito nada. Mantendo a expressão fria como pedra, fez um aceno com a cabeça para os dois seguranças que acompanhavam o líder supremo, um mal humorado e outro mais jovem e entusiasmado que costumava treinar luta consigo de vez em quando, e então fitou Abel e abriu um sorriso ácido. Ei, Abel, achei que estivesse velho demais pra sair da nave.

    É bom te ver disposto também, Heike. O mais velho, é claro, ignorou o comentário e o respondeu com um belo sorriso, mas o ariano pôde notar com prazer suas orelhas ficando suavemente vermelhas. Se era de raiva ou vergonha não sabia dizer, mas adorava vê-lo perdendo a compostura ainda que minimamente. Principalmente depois de toda aquela seriedade entre ambos da última vez que se falaram e vergonha de si mesmo, voltar a tratá-lo como antes fazia quase sentir-se bem novamente. Retraiu os lábios num sorriso claramente forçado e quase selvagem, só faltando rosnar para o loiro até que ouviu passos apressados de deparou-se com Ren correndo na direção de ambos com os olhos vermelhos e o rosto marcado por lágrimas.

    Evitando fazer uma careta de desgosto com a cena balançou a cabeça de forma negativa, então ajeitou o tapa olho e passou a mão pelos fios agora curtos do cabelo, incomodando-se no momento com a falta de peso que o corte criara. Assim, se ajeitou sobre a moto e esperou a ceninha do ruivo terminar para que fossem logo. Feito isso o outro finalmente subiu em Júpiter e se aprontou, então Heike despediu-se dos outros com um novo aceno da abeça e deu partida no veículo.

    Não bastou dois passos do animal para que Ren abrisse o bico tagarelando algo sobre cantar. Toda a situação, aquilo trazia péssimas lembranças. Fazendo uma careta péssima com o mau humor ao ver como aquela viagem seria, respondeu a pergunta que Ren fez com apenas uma palavra: Morte.
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    [#01] Treinamento / Update  — REN Empty Re: [#01] Treinamento / Update — REN

    Mensagem por RenWalker Qui Jul 03, 2014 2:44 pm

    Heike, ah, Heike. Desde pequeno sendo um amorzinho de pessoa. Como Ren poderia se esquecer daquele garoto revoltado com tudo e todos, tão violento - tanto em seus atos quanto no modo de falar - e inacessível? Embora Heike tivesse amadurecido tanto, e no caminho para amadurecer ainda mais - fazendo com que Ren pudesse senti-lo mais acessível aos outros -, Heike não perdia sua essência. Nunca perderia. Afinal, é o regente da constelação que representa o "eu"; da constelação pioneira. Era tão forte quanto o que Marte representava. Ren só não entendeu, até agora, o que "morte" tinha a ver com "porta". Mesmo assim, seguiu caminho e riu, repreendendo (claro, sem seriedade alguma) o rapaz.

    Vida. E "Morte" não tem nada a ver com porta, Heikkun! ─ Júpiter teria virado os olhos se fosse um humano. Ren era bem tapado às vezes, tipo, sempre. ─ Mas, me diga... Como você está se sentindo? Sabe, eu confesso que sinto Abel estranho às vezes... Não que ele não goste de você, mas... Acho que ele sabe demais e tá escondendo muita coisa. E não diga nada à ele, tá, Heikkun? Eu só quero desabafar um pouco... Mas hein! Você está melhor? Tá com fome? Sede? Eu trouxe uma barrinha de chocolate! E biscoitos, também.

    Não parava de falar. Tagarelava, não sabia por onde começar e terminar. Exagerado como sempre, até mesmo em suas palavras, o ruivo sorria largamente, perguntando como o ariano estava e insistindo em fazê-lo comer alguma coisa. Queria saber mais dos sentimentos dele, e mesmo que fosse tão próximo do mais novo, acabou se afastando um pouco, involuntariamente, devido às missões as quais foram encarregados (e descobrindo então o culpado disso tudo). Aquilo durou por um tempo, até anoitecer e rumarem ao fim da nave, seguindo caminho para o outro lado.

    Não dormiriam até que o sono fosse impossível de evitar. Deveriam chegar o mais rápido possível; cada segundo fora da nave, era um perigo eminente. Contudo, iam mais devagar, mais atentos à qualquer sinal que o ambiente oferecia a eles, e não ousavam em olhar para trás. Ok, Ren olhava para trás sim, mas era pra saber se alguma coisa estranha se aproximaria dos três. Mais um pouco, aumentaram a velocidade e Júpiter dava tudo de si para se manter de pé.

    Estamos quase chegando, Heikkun... Ju-chan, aguente firme, ok? Logo chegaremos à casa de Tae, e lá poderá descansar o quanto quiser... ─ Acariciou a cabeça do cavalo, e o próprio Ren estava bastante aflito com o estado do mesmo.

    Só para foder de vez com tudo, ouviu-se folhas se mexendo.

    Heikkun! Ouviu isso?! ─ Preocupado, Ren para Júpiter, pulando do cavalo e pisando chão, segurando seu arco e uma flecha, se aproximando em passos lentos e mirando para onde o som veio. ─ Não faça esforço, só se proteja e fique de olho em Júpiter! Eu dou um jeito nisso.

    Prestes a atirar a flecha e então gastar sua energia - tudo o que não podia fazer -, faltando muito pouco para tal, um dos animais cujo DNA fora modificado se revela entre a plantação diante deles. O monstro tinha em cerca de dois metros de altura, mas não era tão fisicamente forte. Era do tipo mais simples, porém, um ataque do monstro poderia fazer um grande estrago numa pessoa. Os olhos eram vermelhos e a pelugem do animal era falha em algumas partes de seu corpo.

    Ren teria de usar sua energia, era o único jeito. Heike não poderia se esforçar tanto, então o sagitariano teria de fazer aquilo sozinho. Entendia a situação perfeitamente. Mas, no momento que atiraria a flecha, alguém surge por trás do corpo do ruivo tão rapidamente que tampouco Ren notou sua presença. O ser tocou os as mãos de Ren, fez com que abaixasse a flecha e evitasse usar sua energia, e após isso, o próprio atirou no monstro com uma pistola com a tecnologia daquele tempo, e um tiro silencioso foi capaz de fazer o animal cair.

    Assustado, arregalando os olhos e se virando, sentiu-se aliviado quando viu o homem alto, moreno e usando dreadlocks, a figura tão conhecida para o sagitariano: Tae.

    Renny, você é burro ou o quê? Tá doido de usar sua energia? ─ Agora apontava para Heike. ─ E você é o capeta que Abel me falou? Só pode. Tem cara de capeta e me lembra o velho do seu avô. ─ Falava com a cara mais séria do mundo. ─ Vamos. Minha casa não fica tão longe daqui.

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    O lugar onde Tae morava não era nada pequeno: era espaçoso, bonito, possuía um laguinho e era bem protegido. O motivo de querer morar longe da nave era porque, mesmo sendo geminiano, Tae tinha um forte Sagitário em seu mapa astral - além de seu signo ser do elemento Ar - o que o impulsionava a ser livre, vivendo do seu jeito e sendo feliz assim. Seu jeito sério esconde um homem atencioso e paternal, representando o lado versátil, flexível de seu signo. Não era tão falante quando não se trava do assunto que gostava ou necessitava comentar sobre, mas sabia quando era hora de ser simpático "do seu jeito".

    Quando chegaram lá, Ren e Júpiter começaram a correr em círculos feito dois idiotas. O sagitariano sentia saudade "do outro lado" da nave, se misturar em meio à natureza e respirar ar puro. Tae permaneceu ao lado de Heike. Achou melhor trocar uma ideia com ele.

    Renny sempre foi retardado assim, mas acho que você já sabe. Deve conhecê-lo melhor que eu. ─ Riu. Realmente achava Ren um retardado, principalmente naquela hora. ─ Fique à vontade pra me chamar se precisar de alguma coisa. O treinamento começa amanhã cedo porque eu não quero me estressar por hoje. Estou com sono. Ah, mas tem uma coisa que me incomodou há um tempo.

    Tae virou-se e fitou o rapaz mais novo. O encarou por um tempo.

    "Eu não sei quem ele me lembra mais... Kain ou Ryotaro? Abel me pediu pra calar a boca, mas todo mundo que conhece Kain, saberia de cara que esse capeta é filho dele." Pensou.

    Ryotaro é seu avô, não é? ─ Ambos eram bem amigos nos tempos de nave. Bem amigos mesmo. Alguns até suspeitavam de que rolasse algo mais, e Tae nunca foi de falar muito sobre isso, por mais que sentisse tanta falta de seu colega. ─ Abel me contou que era. Como ele está? Aquele velho ficou barrigudo de tanta cachaça? ─ Lembrou-se de Ryotaro, um sorriso estampou os lábios do moreno, que cruzou os braços e esperou uma resposta positiva. Pobre Tae.

    g0y escreveu:Qualquer errinho, Lody me avise pls que eu conserto. <3
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    [#01] Treinamento / Update  — REN Empty Re: [#01] Treinamento / Update — REN

    Mensagem por Heike_Walker Sex Jul 18, 2014 6:07 pm

    É claro que o menor não entenderia o que falou, inútil como era. Ao contrário de Júpiter, Heike podia virar os olhos e foi isso que fez ao virar a cabeça para o lado, evitando um suspiro pesado enquanto fitava o céu de modo irritadiço. Porém o outro não insistiu naquilo, o que o ariano notou com certo alívio ao evitar a dor de cabeça, para entrar em questões delicadas.

    Ignorou a pergunta e estreitou os olhos quando escutou sobre Abel, de modo que voltou o olhar ao ruivo de maneira pensativa. Apesar do citado ser um pisciano, lesado por natureza, Heike tinha as mesmas suspeitas que Ren, apesar delas girarem muito mais em torno de assuntos relacionados a nave do que a relação dele consigo. E afinal, para alguém como o ruivo perceber esse tipo de coisa, realmente deveria existir algo e não apenas uma neurose de sua cabeça como vinha pensando tempos atrás. Aquele rosto sonso e pacífico provavelmente escondiam muitos segredos e isso era algo problemático e irritante. Ariano como era, não lidava bem com esse tipo de coisa e exigia que tudo fosse feito de maneira limpa e honesta. Oras, segredos são inúteis. É infinitamente mais fácil falar o que quer que seja de uma vez e resolver na hora, do que fazer esse tipo de coisa, pelo menos com os próprios subordinados de confiança. Sentindo o sangue ferver, abriu a boca para expressar o que pensava em relação a isso, mas então a realização de que não era mais lider e que não passava de um regente qualquer agora o atingiu como um soco. Não era ninguém para se incomodar com os segredos de Abel em relação a nave, agora isso era problema de Nero e Rin, e por mais que odiasse pensar nisso, só restava esperar e obedecer. Ele é só um pisciano imbecil, não deve ser nada de mais. Resmungou sem muita firmeza nas próprias palavras, dando de ombros e baixando o olhar.

    Logo foi bombardeado com milhares de perguntas em relação ao próprio bem estar e por mais que estivesse incomodado, resolveu empurrar a irritação para o lado para dar um pouco de atenção ao sagitariano, ainda que a impaciência fosse impossível de abdicar a medida que respondia suas infinitas perguntas. Não tinham conversado direito desde que saíra do hospital, mas entendia que o outro se preocupava a seu modo, apesar de tudo Ren era sua família e Heike dava extremo valor a isso. Para ser sincero, agradecia por ele tratá-lo normalmente depois de tudo que havia feito, principalmente em relação a Harold. A escuridão que sentia no peito ainda era presente envolta pelo sentimento de culpa, não pelo que fizera ao capricorniano, mas pelo próprio Ren. Porém, estar na presença do mais velho era tão natural que quase podia esquecer dessas coisas. Dessa forma, seguiram conversando tranquilamente, tirando os palavrões e xingamentos que o mais novo deixava escapar constantemente.

    Horas mais tarde, quando escutou Ren se pronunciar e então falar com o cavalo, sentiu uma presença se aproximar por trás e então barulho de folhas se mexendo. Assentiu a pergunta do sagitariano vendo-o se preparar, mas uma veia de irritação saltou na têmpora quando ele saiu em disparada na frente com aquelas palavras, tão impulsivo, em direção a criatura que se revelou. Ok, não podia lutar já que tanto a energia de áries quanto aquela que sempre teve estavam "adormecidas" pelo poder do menor, porém ainda tinha sua força de sempre e infernos, estava em cima de uma enorme e potente moto, equipada com coisas o suficiente para lidar com situações como aquela. Não sairia da nave totalmente indefeso. Ativando um dos comandos no painel, a roda da frente começou a se dividir, os discos se separando em lâminas afiadas que iriam girar em grande velocidade. Se atropelasse aquela criatura com aquilo a mataria no mesmo instante. Fácil, rápido e sujo.

    Mas antes que tanto Heike ou Ren pudessem fazer alguma coisa, o ariano escutou um som baixo de tiro em vez de ver a flecha voando na direção da criatura, matando-a no mesmo instante. Arqueando uma sobrancelha, virou-se para o ruivo e viu alarmado um grande homem moreno por trás dele.

    Ren pelo contrário, pareceu aliviado. Assim Heike desativou o comando da moto, fazendo-a voltar ao normal, e se aproximou de ambos com a cara fechada, desconfiado. Ouviu a voz grave chamar Ren de um apelido idiota e então viu que ele lhe apontar o dedo de um jeito que pareceu infantil para um homem tão grande e velho. Capeta?! Sussurrou quase no mesmo instante que escutou, ofendido e irritado com o abuso de ser chamado de tal maneira por alguém que nem mesmo conhecia. Porém antes que pudesse falar alguma coisa, foi comparado com seu avô e tal coisa o desarmou totalmente, fazendo um sentimento quente crescer no peito. O fitou de maneira estupefada quando foram convidados a o seguirem, sem saber se estava ofendido pelo nome anterior ou feliz com a comparação.

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    Durante o breve caminho que passou em devido silêncio, fitando ressabiado o ruivo e o moreno conversarem, veio a descobrir que ele era Tae, o homem com quem iriam treinar. Já tinha ouvido falar do guerreiro algumas vezes, sabia que era da época de seu avô e que fazia parte do passado de Ren, mas nunca se incomodou em saber realmente qualquer coisa a mais. Sua personalidade era um pouco irritante, mas agradável. Costumava se dar muito bem com geminianos, apesar de ter quase tão pouca paciência com eles quanto tinha com sagitarianos.

    Ao finalmente chegarem em sua morada, Heike estava mais tranquilo e acabou deixando uma risada calma escapar ao ver Ren tão feliz, correr como um retardado mental junto de seu cavalo. Quem via, nem podia imaginar que os dois, homem e anima, eram velhos guerreiros que passaram por tanta coisa juntos. Assim, cruzou os braços e balançou a cabeça de leve sentindo também as boas energias do ar narutal o contagiarem. Assim como o ruivo, adorava essa sensação de liberdade e paz que a natureza passava. Porém o sorriso sumiu ao sentir Tae se aproximar, e apenas o fitou de lado.

    Infelizmente, sim. Comentou sério, apesar do tom ligeiramente divertido, sentindo-se mais calmo ao som da risada alheia. Assentiu ao que era dito, tendo o bom senso de agradecer e logo ficou curioso com a ultima parte de sua fala, percebendo que agora era encarado direto e seriamente pelo maior.

    Sem entender, sentiu o rosto esquentar ao fitar de volta, notando pela primeira vez o quanto o mais velho era atraente ao virar-se para ele. Tae era grande e moreno, seu cabelo era preso em um penteado exótico com dreadlocks. Sua voz era grave e se assemelhava de algum modo a de Nero e isso fez o ariano pensar se o taurino ficaria daquele jeito quando mais velho. Querendo se socar pelo tipo de pensamento, amaldiçoou-se ao notar que estava ficando parecido com Ren. Disfarçando a vergonha com irritação, estreitou o olhar e empinou o nariz em desafio a expressão alheia que ainda o encarava.

    Porém, o que ele disse em seguida fez com que se distraísse totalmente e perdesse a pose arredia. Por um momento ficou feliz ao ver que ele queria falar de seu avô, mas então sua pergunta inocente e bem humorada causou uma surpresa dolorosa em Heike, fazendo-o desviar o olhar para o chão no mesmo instante, a expressão ficando obscura.

    Meu avô desapareceu... Está morto, provavelmente. Disse após um longo momento em silêncio, sem nenhum tato ao revelar isso para o homem ao lado. Respirou fundo e então fechou os olhos por um momento, para então voltar a fitá-lo de um jeito vulnerável e triste. Esse era um assunto extremamente delicado, que ainda afetava o ariano profundamente. Já faz muito tempo.

    cu escreveu: Aqui tem uma explicação da moto -> http://www.twitlonger.com/show/n_1s2he9d?new_post=true

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