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2 participantes

    [#20] Chegou o Caminhão

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    Mensagem por oreobiscuit Ter Mar 24, 2015 7:23 pm

    Os dedos longos tamborilavam na lateral da caminhonete, em um ritmo contínuo, ao que acompanhava a música alta tocada pelo seu celular. O som era pesado, e, ao contrário da lata-velha que dirigia, o celular possuía potência suficiente para deixar os instrumentais machucarem seus ouvidos, além dos de qualquer pessoa próxima demais. Um sorriso amplo se exibia na face da mulher, o que seria bastante agradável, se aquilo não deixasse exposta perfeitamente a forma como mastigava um chiclete de tutti-frutti qualquer, bolas cor-de-rosa escapando de seus lábios cheios com certa frequência, e as quais estourava de forma a acompanhar algumas das batidas da bateria. E se todos detalhes não exibissem claramente a animação que sentia, talvez a forma como acompanhava algumas notas altas deixasse tudo mais evidente... E até para quem não tinha interesse em saber. Fora encarada por pessoas algumas vezes, cumprimentou a maioria com gestos obscenos ou piscadelas divertidas; que todos se fodessem, afinal, estava prestes a encontrar seu irmãozinho, e aquilo era o que lhe importava.

    Já dentro da cidade, não demorou muito para encontrar a rua que lhe fora indicada pelo caçula. Parara algumas vezes, claro, para confirmar o caminho que tomava, e uma outra vez para comprar mais um pacote de chicletes, mas nada que fugisse dos conformes, tanto que chegara muito mais cedo do que pretendia. Bom, seria uma surpresa. Sabia que Nero não gostava de surpresas, mas que ele se danasse... Órion adorava surpresas! E adorava muito mais surpreender quem odiava surpresas. Ah, aquilo seria maravilhoso, sentira falta de implicar com seu irmãozinho. Com um sorriso agradado, encontrou a numeração correspondente ao seu destino, e estacionou a caminhonete em uma outra rua, já que aquela era apertada para um automóvel tão grande. Desceu do transporte, o corpo sendo esticado rapidamente, em um alongamente improvisado - simplesmente por estar cansada de todo o tempo em que passara sentada -, e logo recolheu a mochila, apoiando-a sobre um dos ombros, enquanto a mão livre se ocupava em encaixar um dos fones no ouvido. O celular logo fazia silêncio para toda a vizinhança, mas explodia seus tímpanos diretamente, o heavy metal fazendo a mulher mexer a cabeça de forma repetitiva, enquanto caminhava a passos lentos e tranquilos, cortando a distância até seu destino final.

    Fora com um assobio que elogiara a mansão, seu olho bom subindo e descendo por toda pequena parte do enorme local, antes que risse divertida. Não conseguia imaginar Nero trabalhando em um lugar tão chique, e, muito menos, se imaginava entrando em um ambiente como aquele. Talvez a melhor opção fosse conversar brevemente com o irmão, deixá-lo com o presente que havia trazido, e, simplesmente, arranjar um espacinho em qualquer hotel da cidade. Não ficaria ali por muito tempo, mesmo. A não ser que arranjasse um trabalho por ali, aí, talvez, pensasse em se mudar de vez. Seu dedo se afundara no botão que indentificara como a campainha, e sequer se preocupou em libertar um dos ouvidos da música alta, enquanto encarava o interfone. Apenas aguardou até o objeto mostrar sinal de uso - uma luzinha verde brilhando -, antes de praticamente gritar, incapaz de controlar o tom da própria voz. Oooi?! É aqui que Nero moraaaa? E tomou a forma como o portão fora destrancado como uma afirmação. Sorriu largo, adentrando o ambiente sem pensar duas vezes.
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    Mensagem por Arthemis W. Qui Mar 26, 2015 4:40 pm

    Faziam poucos minutos que havia chegado do período de aulas matutinas, sentindo-se com uma certa fome e também aliviada por ser um de seus dias de folga no hospital. Poderia passar a tarde livre, estudando com mais calma e também arranjando uma oportunidade para relaxar. Evitava ir de carro para a universidade, que não ficava num bairro tão longe do seu, se sentindo livre para ir apenas de ônibus. Gostava de andar quando tinha a oportunidade e o dia estava num clima tão agradável, que considerou uma pena não aproveitar ao menos um pouco. O sol não estava forte, então não era problema para a nula presença de melanina na pele da albina. O enorme jardim na entrada da mansão proporcionava uma tranquilidade gratificante, mas logo a garota distraiu-se ao sentir algo diferente debaixo da sola de seu sapato, enquanto andava. Um console. Oh. Conhecia aquele objeto, lembrando com frequência vê-lo nas mãos de Zion, que deveria ter deixado cair ali por desatenção, ao entrar. Só esperava não ter quebrado ao pisar nele, então agachou-se pegando o aparelho em mãos e tentando liga-lo. Certo, uma rachadura na tela que ia de ponta a ponta, além de que não dava sinal de funcionamento. Xi... Quanto custava aquilo, mesmo? Que desperdício... Daria outro para o rapaz, é claro, mas não deixava de ser uma perda boba. Suspirou, abrindo a bolsa para guardar o objeto quebrado ali, optando por perguntar ao ruivo se seu console ainda tinha alguma esperança de sobreviver. Se não tivesse, paciência.

    Porém, foi suficiente apenas abrir o fecho da bolsa de forma descuidada, para a mesma arregaçar subitamente por peso interior e várias anotações da garota se espalharem numa fileira de papéis pelo chão. ... Piscou, encarando aquela implicância inanimada que teria de recolher, suspirando. Enquanto tentava verificar se os papéis estavam na ordem que havia deixado, levou um súbito susto e soltou tudo de novo com um berro alto vindo de trás de si, do portão da mansão. Virou a cabeça, botando a ponta dos dedos por cima de algumas folhas para que não voassem enquanto estivesse olhando para outro lado, tentando ver quem estava gritando, ouvindo um nome que conhecia bem. Ao bater os olhos no visitante, que já entrava – talvez pelo reconhecimento do mordomo –, constatava ser alguém que desconhecia, mas era familiar de alguma forma. Pela própria situação, se encontrava com um pouco de dificuldade de receber a mulher formalmente, então se sentiu ligeiramente perdida com aqueles trezentos papéis espalhados e alguns, dando intenção de que a qualquer momento decolariam pra bem longe. Deixou a desconhecida se aproximar para poder cumprimenta-la, permanecendo agachada no chão e sorrindo de forma simpática.

    Boa tarde. — Pensou em perguntar se podia ajudar em algo, mas viu que ela própria estava precisando de mais ajuda que qualquer outra coisa. Mas pensando mais amplamente, não se lembrava de terem visitas naquela tarde. Entretanto, antes que pudesse dirigir a palavra novamente à morena de aparência extremamente robusta, percebeu o ruído que vinha de seus ouvidos e percebendo finalmente que ela estava de fones. Por estar escutando vazar, provavelmente a música estava bem alta, então esperou que ela tirasse os aparelhos da audição para que pudesse dialogar. Tendo feito isso, cumprimentou-a mais uma vez com a saudação anterior e seguindo com a dúvida. — Está procurando alguém em particular? — Questionou de maneira simpática, vagarosamente voltando a recolher os papéis no chão, esperando a resposta da mais alta.
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    Mensagem por oreobiscuit Qua Jul 22, 2015 8:18 pm

    Seus passos voltaram a ser ritmados assim que cruzara os portões. Em meio a uma dança improvisada, Órion brincava de evitar os vãos que haviam entre o piso de pedra do jardim, caminhando em direção à mansão enquanto emitia ruídos com a boca e cantarolava partes aleatórias da nova música que ouvia. Porém, para sua surpresa, no meio do caminho encontrara uma peça de arte em uma posição que tornava ela ainda mais agradável de ser admirada. Era pouco diante de si que uma jovem muito bonita se encontrava, e tudo nela parecia tão claro que seria o suficiente para terminar de cegar a mulher alta, se não tomasse sua visão como algo extremamente importante ao que checava o tamanho exagerado do busto alheio. Sua cabeça não demorou a pender para o lado, arriscando a boa sorte ao tentar visualizar um pouquinho que fosse da roupa íntima sob a saia esvoaçante. Pena que logo sua existência no local fora notada, e antes que a visão alheia estivesse voltada completamente à sua belíssima presença, tratou de se por ereta e com um sorriso simpático e quase inocente no rosto de traços marcantes.

    Não demorou para que visse os lábios da jovem se moverem, mas havia algo de muito estranho ali, e isso acabou fazendo a maior estreitar os olhos, tentando entender porque parecia não conseguir ouvi-la. Por um instante breve, pensou ter ficado surda, porém logo constatou que aquilo não era possível, já que um som alto invadia seus ouvidos... Ah, estava de fone. E com uma risada divertida, retirou os objetos, liberando a audição para que ouvisse o cumprimento da albina, e ao qual retribuiu de forma animada. 'Tarde. O corpo grande agachou, então, Órion esticando os braços para que começasse a ajudar a estranha, pouco antes de responder sua questão. 'Tô sim! Meu maninho trabalha aqui, e o idiota se chama Nero... Você sabe onde ele 'tá? Sinto que vou me perder entrando nessa casa enorme sem saber pra onde ir! A mulher maior abriu um sorriso largo, entregando o que recolhera à outra de forma educada, quase como se no momento anterior não estivesse secando seu traseiro.

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