Estava se mantendo ocupado naqueles últimos meses, e com a volta de Nero e Heike para nave, suas atividades se mantinham da mesma forma. A diferença na relação que tinha com ambos, porém, mudara. Nero passara de seu amigo para um estranho por uma besteira que fizera, mas agora, tanto tempo depois, tinham voltado à dinâmica normal. Fora perdoado, o que apenas aumentava a resolução que tinha de fazer as coisas absolutamente certas. De diminuir os erros idiotas que poderia evitar, ao mesmo tempo em que tinha que aceitar que errar fazia parte da vida. Com Heike, era um pouco mais delicado. Ren, que fora uma figura paterna – ainda que questionável – para o ariano, tinha morrido. Explicara para ele, com a ajuda de Abel, o que acontecera e a gravidade da situação, além do parentesco que tinha com o antigo regente. Ainda era uma das poucas pessoas que sabia da verdade sobre Lilith e da ameaça sob a qual estavam; algum dia aquilo iria mudar, mas não era hora de questionar quando.
Queria poder apoiar o regente de Áries de alguma forma, mesmo que pela memória de seu irmão, já que nunca planejara realmente ficar próximo a ele. De fato, tinha em mente usá-lo para chegar a seu pai, mesmo sabendo o quão deturpado aquilo poderia ser. Era uma hipocrisia imensa querer fazer algo por Ren após sua morte, mas não deixava de ter uma sensação de vazio ao pensar naquele assunto. De se arrepender do que planejara, nunca tendo em vista realmente conhecer uma das únicas pessoas vivas que possuíam seu sangue. A que sobrara era a que queria de fato matar, mas acabara sujando suas mãos com alguém que apenas sofrera com o destino que lhe fora dado. Que não fora forte o suficiente. Não sabia como alguém poderia ser, com Lilith. Se tivesse ele tivesse mais apoio, talvez houvesse chance das coisas terminarem de forma diferente.
Bom, não adiantava pensar tanto no passado, se já havia aprendido o que podia com ele.
O que restava ao virginiano era olhar para o futuro. E o futuro se apresentava bem à sua frente, na sala de treinamento, com cheiro de metal queimado vindo de equipamento destruído. Tinha sido avisado que Heike estava tendo um de seus ataques de raiva, e como Nero estava ocupado naquela hora em específico, fora ver se podia fazer algo quanto àquilo. Agora que controlava metal, era mais fácil. Ainda que o outro pudesse derreter dito metal. O encontrou em meio a equipamentos que provavelmente estavam sendo usados antes de serem tirados do local ou derretidos pela fúria alheia. Conseguia sentir a raiva do maior mesmo na entrada, observando que não sobrara ninguém no local devido ao perigo momentâneo.
Suspirou lentamente, cruzando os braços enquanto pensava no que poderia fazer. Obrigá-lo a parar seria trabalhoso e geraria mais destruição, ainda que fosse recorrer a isso se necessário. O ariano deveria estar com raiva, triste, e com mais um fardo imenso de sentimentos que sabia apenas extravasar violentamente. Com aquele pensamento, uma ideia iluminou a mente de Rin. – Heike. Pare de destruir a nave. – Antigamente era uma constante, mas parecia ter muito tempo desde que vira qualquer coisa explodindo, ou sendo destruída desnecessariamente. O tom do loiro menor tinha uma suavidade ainda maior que a normal, mesmo que as palavras fossem autoritárias. – Se precisa destruir coisas, por que não pega uma missão? – Parecia um ótimo conceito. Mesmo que não tivessem nenhuma urgente, talvez fosse bom para o ariano sair daquele local, e acabar com alguns monstros ao invés de objetos inanimados. Seria produtivo, ao menos. Talvez a única forma que conseguisse ajudar fosse pensando naquele método de canalizar a força. Ou uma conversa, que planejava ter depois. Mas tinha a impressão de que um “quer conversar” não seria muito bem recebido naquela situação.
Queria poder apoiar o regente de Áries de alguma forma, mesmo que pela memória de seu irmão, já que nunca planejara realmente ficar próximo a ele. De fato, tinha em mente usá-lo para chegar a seu pai, mesmo sabendo o quão deturpado aquilo poderia ser. Era uma hipocrisia imensa querer fazer algo por Ren após sua morte, mas não deixava de ter uma sensação de vazio ao pensar naquele assunto. De se arrepender do que planejara, nunca tendo em vista realmente conhecer uma das únicas pessoas vivas que possuíam seu sangue. A que sobrara era a que queria de fato matar, mas acabara sujando suas mãos com alguém que apenas sofrera com o destino que lhe fora dado. Que não fora forte o suficiente. Não sabia como alguém poderia ser, com Lilith. Se tivesse ele tivesse mais apoio, talvez houvesse chance das coisas terminarem de forma diferente.
Bom, não adiantava pensar tanto no passado, se já havia aprendido o que podia com ele.
O que restava ao virginiano era olhar para o futuro. E o futuro se apresentava bem à sua frente, na sala de treinamento, com cheiro de metal queimado vindo de equipamento destruído. Tinha sido avisado que Heike estava tendo um de seus ataques de raiva, e como Nero estava ocupado naquela hora em específico, fora ver se podia fazer algo quanto àquilo. Agora que controlava metal, era mais fácil. Ainda que o outro pudesse derreter dito metal. O encontrou em meio a equipamentos que provavelmente estavam sendo usados antes de serem tirados do local ou derretidos pela fúria alheia. Conseguia sentir a raiva do maior mesmo na entrada, observando que não sobrara ninguém no local devido ao perigo momentâneo.
Suspirou lentamente, cruzando os braços enquanto pensava no que poderia fazer. Obrigá-lo a parar seria trabalhoso e geraria mais destruição, ainda que fosse recorrer a isso se necessário. O ariano deveria estar com raiva, triste, e com mais um fardo imenso de sentimentos que sabia apenas extravasar violentamente. Com aquele pensamento, uma ideia iluminou a mente de Rin. – Heike. Pare de destruir a nave. – Antigamente era uma constante, mas parecia ter muito tempo desde que vira qualquer coisa explodindo, ou sendo destruída desnecessariamente. O tom do loiro menor tinha uma suavidade ainda maior que a normal, mesmo que as palavras fossem autoritárias. – Se precisa destruir coisas, por que não pega uma missão? – Parecia um ótimo conceito. Mesmo que não tivessem nenhuma urgente, talvez fosse bom para o ariano sair daquele local, e acabar com alguns monstros ao invés de objetos inanimados. Seria produtivo, ao menos. Talvez a única forma que conseguisse ajudar fosse pensando naquele método de canalizar a força. Ou uma conversa, que planejava ter depois. Mas tinha a impressão de que um “quer conversar” não seria muito bem recebido naquela situação.