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    [#01] Turno livre - Fora da Nave

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    [#01] Turno livre - Fora da Nave Empty [#01] Turno livre - Fora da Nave

    Mensagem por RenWalker Seg Abr 14, 2014 7:15 pm

    Horário: Por volta das 14h
    Membros: Ren e Heike
    Nota: Sete (7) anos antes do tempo atual dentro do plot.

    Carregar o peso da culpa não era nada fácil, ainda mais quando se era tão jovem, mesmo com certo tempo de experiência dentro do grupo. Se culpava todos os dias por aquilo ter acontecido, e por deixar que um grande amigo seu morresse e que outro se corrompesse. E se tivesse feito algo mais? E se tivesse, de fato, tentado resgatar o Serpentário e fazê-lo com que mudasse de ideia sobre tudo? Perder um amigo era horrível, mas perder dois amigos... Estava desolado.
    Ao menos, sentiu-se aliviado em saber que Heike, o pequeno ariano, estava bem. Foi árduo treiná-lo para que pudesse controlar sua raiva, e mesmo com tanta dificuldade, o menino adotou bem o que aprendeu e usou da maneira que se deveria usar. E, pensando nele, o sagitariano se sentiu impotente para continuar auxiliando-o, ainda mais desanimado da forma que estava. Pediu para que Abel cuidasse bem da criança, e Abel jurou isso ao ruivo.

    Aliás, tingir seus cabelos de ruivo era uma escolha na qual Ren nunca se arrependeria, mas havia um significado além de simples vaidade: queria mudar, começar do zero, conhecer um lado seu que nunca teve oportunidade de conhecer antes, saber do seu total potencial. Arrumou suas coisas, guardou suas bestas, seu arco e suas flechas, observando parte de um dos distritos do outro lado das paredes de vidro de um dos corredores da Nave Principal, almejando estar do outro lado do planeta, livre e buscando respostas sobre si mesmo. Júpiter estava no lado de fora da nave esperando por seu dono, e Abel, também mais jovem - e com os cabelos mais curtos -, fora ao encontro do sagitariano.

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    O que Ren viu através da Janela, mas ignorem o tempo.
    Como ocorreu às 14h, obviamente, estava mais cedo que na imagem.

    Ren... Sentiremos sua falta. – O sorriso angelical e face tão bela de Abel demonstravam um apreço enorme pelo ruivo, que sorria toda vez que olhava o exterior. Era um sagitariano incorrigível.

    Não é como se eu fosse embora para sempre. Voltarei um dia. – Sequer desviou seu olhar, tocando o vidro.

    Sim, mas você é meu amigo, não é? – Ren sorriu em resposta, abraçando o loiro ao envolver o pescoço do mesmo, deixando o pisciano um pouco sem jeito. Mesmo assim, Abel retribuiu o abraço. – Acho que isso já responde... Haha. Bem, te levarei aos portões.

    Feito isso, Abel e Ren seguiram pelos corredores e desceram até a enorme entrada da Nave Principal, e a única bagagem que o ruivo levava consigo era uma mochila em suas costas, com tudo o que precisava dentro dela.

    Pensava que, viajando pelo mundo e conhecendo coisas novas, enfrentando seus medos, pudesse conhecer mais sobre si mesmo, e tentar esquecer um pouco o que aconteceu. Não queria esquecer seus amigos e tirá-los de seu coração, e sim, esquecer tudo de ruim que aconteceu, embora isso o ajudasse a não cometer o mesmo erro novamente. Era otimista até certo ponto.

    Bem... Aqui é o seu limite. – Brincou, subindo em Júpiter e acariciando o topo da cabeça do mesmo; os dígitos se deslizando pela crina do cavalo. – Agradeço por não tentar me parar.

    Se isso é o que te fará bem... Aliás, está levando comida?

    Estou. Mas devo conseguir alguma coisa até lá.

    Será uma longa viagem até chegar nos limites da nave. Sabe disso, não sabe?

    Sei, mas não quero ter pressa. Quero fazer tudo no meu tempo.

    Logo se despediram e Ren estava prestes a sair, se não fosse por um imprevisto.


    Última edição por RenWalker em Qui Jun 19, 2014 2:45 pm, editado 1 vez(es)
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    [#01] Turno livre - Fora da Nave Empty Re: [#01] Turno livre - Fora da Nave

    Mensagem por Heike_Walker Ter Abr 15, 2014 2:16 am

    Heike sabia que estava fazendo birra, sabia disso, mas não podia evitar.

    Ainda que tivesse feito 13 anos a pouco tempo, o garoto podia ser considerado mais maduro que a média de crianças de sua idade. Não se interessava por brincadeiras, jogos infantis e coisas do tipo. Não se interessava nem por crianças da própria idade. Não, sua maior diversão era percorrer cada canto das naves dos elementos, era descobrir passagens secretas, era desvendar aquele novo mundo a qual seu avô pertencera. Sua maior diversão era treinar e superar os próprios limites para tentar chegar aos pés do líder que um dia Ryutaro tinha sido. Mesmo que sonhasse grande e corresse desde cedo atrás desses objetivos, o garoto ainda era apenas um pré adolescente. E um pré adolescente realmente confuso e magoado.

    Se hoje estava vivendo um sonho de ter a oportunidade de virar um grande homem, isso era graças a Ren. O jovem ariano geralmente evitava pensar no fatídico dia anos atrás em que descobriu o desaparecimento de seu avô e que perdeu o próprio controle; primeiro porque não entendia de maneira alguma o que tinha acontecido e segundo porque a dor era enorme. A dor da perda e a dor de saber que ferira pessoas inocentes era algo pesado demais para alguém tão jovem suportar, então havia apagado tal episódio da mente. Mesmo assim, hoje Heike não conseguia tirar tal dia da mente pois fora lá a primeira vez que viu Ren. Entre as memórias borradas, entre o sangue, a dor, o ódio, o jovem se lembrava da figura do sagitariano claramente pouco antes de ser nocauteado e perder a consciência. Lembrava-se também que ele fora a primeira pessoa a quem botou os olhos quando despertou dias depois, lembrava-se do estranhamento, da raiva, do vazio.

    Mesmo sendo uma criança tão jovem, ali sozinho no hospital, sem família, sem ninguém para lhe amparar e apoiar, sem ninguém para lhe olhar com carinho e dizer que entendia em vez de olhar com medo ou desprezo, o menino não queria mais viver. Sua mãe tinha nojo de si, seu pai tinha ódio, seu irmão era cruel e seu avô, a única pessoa que admirava e amava e que recebia o mesmo tratamento de volta, tinha desaparecido para sempre. Por dias lembrava-se de ter ficado ausente de tudo, sem comer, sem falar, sem fazer outra coisa além de fitar a janela do quarto do hospital. Ignorava os médicos, as enfermeiras, os soldados na porta do quarto e até mesmo as visitas constantes de Abel e outras pessoas que nem ao menos se lembrava. Não queria saber de mais nada. Até que aquele estranho garoto que se parecia com uma menina voltou e o levou embora de lá.

    Pensando agora, o jovem ariano sorriu ao se lembrar dos primeiros dias com Ren.. Não tinha sido nada fácil, nada mesmo. A personalidade do sagitariano era insuportável e ele de maneira nenhuma era qualificado para cuidar de uma criança fragilizada e instável. Nas primeira semanas conseguia ignorá-lo ou tratá-lo com frieza, mas com o tempo o jeito brincalhão, intrometido e sem noção do mais velho começou a fazer o menino sair de seu torpor para um constante estado de irritação. Quando menos percebeu já estava respondendo, retrucando, xingando o regente de sagitário de nomes que ainda nem entendia e em troca era zoado em cada aspecto que odiava como seus chifres ou seus olhos tão diferentes. Mas com o passar do tempo o clima foi ficando menos pesado, a mudança de ambiente tinha lhe feito muito bem principalmente por ser onde seu avô tinha vivido por tantos anos. Não podia ficar no quarto do regente de áries, claro, mas todos os dias ia para lá folhear os livros do avô e observas seus objetos pessoais com todo o respeito e admiração que uma criança poderia ter. Os amigos do sagitariano eram bem legais com Heike também, e não o zoavam 24h por dia como Ren. Lembrava-se de as vezes andar com todos juntos, muitas vezes não entendendo o contexto das conversas e risadas, mas do sentimento caloroso de ser aceito em algum lugar. Logo, mesmo que nunca fosse admitir, tinha se tornado dependente da companhia agitada do Sagitário. Ao mesmo tempo em que ia se integrando entre os regentes, moradores e trabalhadores das naves, Abel tinha começado a parecer um pouco menos insuportável e mais interessante e seus professores de luta faziam questão de deixá-lo exausto todos os dias. Os primeiros anos foram pacíficos e reestruturaram a mente do jovem ariano, transformando-o na criança feliz e saudável que nunca fora.

    Tudo isso durou até algo muito ruim acontecer. Jovem demais para fazer parte das questões políticas e militares, Heike era deixado de fora do que estava acontecendo. Quando perguntava recebia apenas silêncio e olhares apreensivos. Alguma coisa grave estava acontecendo e mesmo que escutasse escondido não conseguia entender os detalhes. Kain tinha voltado. Mas quem era Kain e porque isso era um problema? Não conseguia entender a gravidade da situação até que um dia os regentes saíram em batalha, e poucos voltaram. O impacto para o jovem Walker tinha sido grande, não estava preparado para perder novamente as pessoas a quem tinha se apegado.. Mas estava feliz de saber que ao menos Ren estava vivo e bem. Tinha ficado ao lado dele o máximo possível, fazendo um esforço até para parecer menos mal humorado, fazendo piadas idiotas e o surpreendendo com abraços imprevistos. Mas nada disso servira para o sagitariano ficar bem.

    E agora ele o estava deixando.

    Se encolhendo sobre a cama, Heike abraçou os joelhos e fechou os olhos, deixando as lágrimas percorrerem o rosto silenciosas e orgulhosas. No fim também não era importante para Ren? Por que? Por que teria que ficar sozinho de novo, sendo que Ren estava vivo e bem? Por que? Eram perguntas que rodeavam a mente do jovem, o deixavam triste e com raiva. Por isso tinha se recusado a se despedir do mais velho, porque não queria admitir que estava sendo abandonado depois de se apegar tanto.

    Apesar de ambos nunca demonstrarem qualquer tipo de afeto ou carinho, Heike em sua inocência infantil, achava que significava alguma coisa para ele. Afinal, tinha sido adotado, não é? Tinha recebido o seu nome, vivia e aprendia com ele desde então. Por anos tinha aprontado com ele e seus amigos, deixando Abel louco, assim como o resto das naves. Porque ele estava indo embora agora? O jovem pensou tanto nisso, que acabou perdendo a paciência consigo mesmo e com a situação, descontando a raiva num momento de fraqueza e praticamente destruindo o próprio quarto. Não iria ficar ali parado, sozinho. Ren agora era sua única família e Ryutaro tinha ensinado a Heike que família era uma coisa sagrada que devia ser apoiada mesmo quando não se entendia. Juntando as coisas as pressas, o jovem decidiu que iria atrás do sagitariano ele querendo ou não e o faria mudar de idéia sobre abandonar o posto de regente. Feita uma mochila com os itens necessários, pegou um skate planador que havia ganhado de aniversário e sobre ele abriu a janela de seu quarto, pulando dela sem pensar nas consequências.

    Com violência pela força da gravidade, foi deslizando pela lateral inclinada da nave em direção a saída em que Ren estaria e não demorou para avistá-lo. Franzindo o cenho, no momento em que se aproximava segurou firme a mochila e num movimento brusco a jogou sobre a cabeça do sagitariano, acertando em cheio no momento em que bateu o pé na parte de trás do skate e saltou da lataria da nave, perdendo o equilíbrio e rolando no ar. O resultado? Caiu rolando ao lado de Júpiter e o skate voou na direção da cabeça de Abel, que o segurou no último segundo com um suspiro exasperado. Ignorando o pisciano que o fitava com um olhar reprovador, Heike se levantou e encarou Ren em fúria.

    Eu vou com você!
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    [#01] Turno livre - Fora da Nave Empty Re: [#01] Turno livre - Fora da Nave

    Mensagem por RenWalker Qua Abr 16, 2014 3:28 am

    Abel suspirou pesadamente ao segurar o skate de Heike, e talvez já tivesse imaginado aquela cena... Diferente de Ren, que tinha a cabeça acertada pela mochila do menino assim que subiu em Júpiter. O cavalo emitiu um som semelhante à uma risada - de fato, ria. Afinal, era tão sagitariano quanto o próprio Ren - e o ruivo, assim que fora acertado, caiu ao chão rapidamente, levando um susto em frações de segundos antes do baque. Não imaginava que pudesse ser acertado por um golpe de um moleque de treze anos... Pensou que devesse treinar mais, mas do contrário dele, Heike estava muito bem treinado.

    Levar Heike consigo seria uma boa ideia? Ren tinha certeza que não. Viajaria sem rumo para qualquer canto da nave e fora dela, e tinha vontade de conhecer tribos e culturas diferentes. Passar pelo lugar no qual seu pai esteve, pisar no mesmo solo que ele e, quem sabe, encontrá-lo. Mas para que isso se realize, certamente passaria por um monte de dificuldades e não queria que Heike passasse pelas mesmas barreiras que Walker passou. Não queria isso para ele, até porque, era sua cria. Tinha um enorme carinho pelo menino a ponto de até mesmo amá-lo como um pai ou padrinho, e por que é que ia querer que o pobre coitado se ferrasse junto de si?

    O QUÊ?! – se levantou, arregalou os olho e tentou se recompor, mas não demorou para fazê-lo. – Você tá doido? – aproximou-se do ariano e deu-lhe um belo de um pescotapa forte. Naquele tempo, Heike certamente o respeitava mais e tampouco retrucaria... Bem, até certo evento da vida de ambos. – Acha mesmo que vou arriscar sua vida no meio de um monte de coisa que sei lá o que é? Nem pensar! Vai ficar com Abel e vai obedecê-lo. E também vai obedecer aos seus superiores, sejam do Conselho ou não! – o olhar era de reprovação e sua face deixava bem clara o quão irritato estava, embora soubesse que Heike não o fazia por mal.

    Era como se sua história estivesse se repetindo.

    A diferença é que Heike teve a opção de ir com Ren, e poderia muito bem, mais tarde, descobrir o motivo do sagitariano preferir se afastar por um tempo.

    Seu lado paterno não queria deixar aquele garoto pequenininho com aqueles chifres mal-formados, junto dos olhos esbugalhados e numa tonalidade totalmente distinta do casual. Sim, nunca vira nada como os olhos de Heike! Não sabia o porquê daquilo, mas não interferiria nada na relação que tem com o ariano.

    E, de (tanto) pensar (por um curto espaço de tempo), deu-se por vencido, imaginando que o garoto fosse teimar logo. Era ariano! Achar que ele desistisse de primeira, isso que Walker não pensaria!

    É melhor não me desobedecer. Hunf! – segurou o corpo do menino e o colocou sobre o cavalo, fazendo um bico nos lábios ao dizer aquilo. E, ah, acabaria sentindo saudade de Heike de toda forma. E ninguém sabia como controlar aquela peste além daquela ruiva passiva.

    Tem certeza disso, Ren? Ele é novo demais... Podemos cuidar dele aqui. Pode confiar.

    Eu não duvido e confio cegamente em você, Abel, mas essa peste não vai dar descanso. E eu sentiria falta dele, depois de tudo. – sorriu, e foi a vez de Ren subir naquele cavalo junto da mochila do menor. Colocou a mochila nas costas do menino, e então Abel entregou o skate ao sagitariano, que apanhou logo e seguida. – Voltaremos mais velhos!

    Já posso ver um fio branco. – o loiro brincou.

    Cuidado, você tem mais chances de morrer pela idade que eu! Haha!

    Partiu com Heike e Júpiter, acompanhados dos pertences e foram em direção ao norte. Havia um portão que separava a terra do planeta com a nave em cada direção, e como a Nave Principal fica bem no meio, qualquer direção que tomassem, o fim era a mesma coisa, exceto pelo que havia além do portão.

    A viagem seria longa. Uns sete dias à cavalo, talvez? Afinal, a nave era gigantesca!

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    Olhou o horário em seu aparelho comunicador... Dezenove horas.

    Júpiter já reclamava de sede, relinchava e tornava os passos mais lentos, e exigir mais um pouco do animal poderia até mesmo fazê-lo mal. Pensou que deveria ter dado comida e água pro coitado do cavalo assim que saíram da nave... Ren andava demais com o pisciano do Abel e já estava se esquecendo das coisas.

    Ok, faremos uma pausa! O grandão aqui precisa descansar, só não sei de algum hotel que aceite cavalos.

    Desceu do cavalo, esperando que Heike descesse também e logo Júpiter seguia o ruivo, que caminhava em busca de um lugar para ele, o animal e o moleque encapetado.

    A princípio, estava uma bosta para achar um quarto. Poderia ser até mesmo debaixo da ponte, mas Abel conseguiu retirar todos os moradores da rua, deu moradia a eles e proibiu que pessoas residissem ali. Nesse momento, o sagitariano quis socar a cara daquela loira passiva, porque não quer ter de capotar debaixo de uma ponte e pagar rios de multa. Acharam melhor continuar procurando.
    Mas de tanto procurarem, Ren acaba encontrando um lugar! Ok, teve de pagar o dobro pelo cavalo, mas ao menos conseguiu. Alimentou o animal, deu água e Júpiter estava revigorado para continuar sua jornada! Se não fosse pelo sono. Logo dormiu quietinho, no canto do quarto e Ren fez questão de colocar algumas almofadas para que o cavalo se sentisse bem.

    Mas o próprio Ren, que era um "homem da noite", estava sem sono. Teve uma ideia! Como não podia deixar Heike sozinho...

    Heikkun! Vamos sair! Tenho um lugar que quero te mostrar.

    Lá vem.


    Ren escreveu:Mals pelo turno merda, tô morremd de gastrite e com sono, então N ME MATE SUA PASSIVA Ç_Ç Aliás, dei uma boa avançada no jogo porque quero ver a cara do Heikkun no chão, mas qualquer coisa me avisa que eu mudo e tal ;;
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    [#01] Turno livre - Fora da Nave Empty Re: [#01] Turno livre - Fora da Nave

    Mensagem por Heike_Walker Qua Abr 16, 2014 11:11 pm

    Não deixou-se intimidar em momento algum pelo olhar de Ren. Não tinha medo dele, por mais que soubesse que ainda era infinitamente mais fraco que o regente. Até mesmo ignorou aquele pescotapa, ainda que tivesse se desequilibrado pela força do golpe, dando alguns passos para frente. Não ia desistir da ideia de segui-lo de jeito nenhum, por isso ficou apenas encarando ele durante aquele discurso completamente inútil, mostrando sua melhor expressão obstinada ao que ele pareceu reconsiderar.

    Porém, acabou sendo uma surpresa ele ceder antes mesmo que tivesse de insistir, logo abriu um sorriso largo ao ser pego pelos braços finos do rapaz mais velho e ser colocado sobre o cavalo imponente. Um pouco sem acreditar, fez carinho na crina de Júpiter e permaneceu em silêncio enquanto os mais velhos se despediam, torcendo para que Ren não mudasse de ideia. Afinal, o ruivo era um sagitariano e o garoto já tinha aprendido que ele não era nem um pouco consistente no que dizia. Mas estava feliz pois ao que tudo indicava iria mesmo com Ren! Nem podia acreditar.. Todo aquele medo de ficar sozinho já não existia no momento em que o maior subiu no cavalo atrás de si, e em sua mente inocente, não poderia imaginar nas dificuldades que poderia vir a enfrentar.

    Não chegava a se preocupar com dinheiro, afinal Ren era um regente. Mas num mundo tão grande o que poderia acontecer com um adolescente que parecia com uma menina e um garoto de 13 anos subnutrido?

    Mostrando a lingua para Abel e então acenando com uma risada, ambos partiram para um destino incerto.

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    A viajem fora de fato cansativa e mesmo que não fosse a criança mais tagarela, Ren falava por ambos e o menor estava satisfeito com isso. Ambos conversaram e riram bastante, mas nos últimos minutos se encontrava cansado e com a cabeça doendo, então fazia silêncio. Júpiter parecia irritadiço também e o jovem imaginava que não deveria ser fácil carregar duas pessoas que não calavam a boca o dia inteiro. A barriga roncou alto e assim Heike se virou para trás e encarou o mais velho.

    Podemos parar por hoje então? Perguntou mais animado com a perspectiva de sair de cima do animal, esticar os músculos e comer alguma coisa. Não tinha sono, mas se sentia bem dolorido então quando Ren desceu aproveitou para fazer o mesmo e pegar seu skate, flutuando em cima dele com a expressão preguiçosa atrás do jovem e do animal. Demorou um pouco para conseguirem um lugar, mas logo podê correr para dentro de um quarto quente e se jogar em cima da cama, sorrindo deliciado. Podia ter tido um passado difícil, mas Heike era uma criança inocente apesar de tudo e gostava de aproveitar as coisas simples. Observou Ren alimentar o animal e foi ajudá-lo, escovando sua crina e cauda brevemente entre os dedos. Demorou para se dar bem com aquele equino orgulhoso e mimado após conhecê-lo, chegando até a levar algumas mordidas, mas não poderia negar que gostava muito dele.

    Assim, quando este finalmente dormiu, se virou para Ren com um sorriso largo.

    Ok, vamos para onde?
    Perguntou curioso, imaginando que fossem comer em algum lugar.
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    [#01] Turno livre - Fora da Nave Empty Re: [#01] Turno livre - Fora da Nave

    Mensagem por RenWalker Ter Abr 22, 2014 4:23 pm

    Ren tinha uma ideia deturpada de "aprender sobre a vida", e imaginou que, como o seu menino estava crescendo e se tornando um forte e lindo homem, talvez devesse ensiná-lo sobre as coisas da vida. Pensou que não havia ninguém melhor para ensinar isso à sua cria que o próprio sagitariano. E, de acordo com os gostos do mais velho, boa coisa não viria por aí.
    O sagitariano sorriu malicioso, levando uma das mãos ao queixo; já até sabia o que fazer, mas pensar - mesmo que fosse exatamente em nada - não era uma ideia ruim. Afinal, Heike estava se transformando num homem! Crescia cada vez mais e não demoraria para ficar mais alto que Ren! Embora todo mundo ficasse...
    Ok, ele nunca negou que pensar no fato de ficar mexido com o crescimento do ariano. Poxa, Ren acompanhou Heike numa das fases mais críticas dele e é o neném do ruivo! O mimava, por mais que tivesse seu jeito solto e aparentemente irresponsável de lidar com as coisas, mas isso nunca mudaria o fato de que considerava Heike seu filho. Às vezes, até se esquecia de que era um homem e, obviamente, não podia dar a luz.
    E claro, até o próprio Ren se confundia com uma mulher às vezes...

    Voltando à vaca fria, Ren puxou o antebraço do ariano, mas claramente sem a intenção de machucá-lo, tanto é que segurou com delicadeza. O arrastou para fora do hotel e deixou seu passe na recepção. Até porque, Ren não sabia se seria idiota o suficiente de perder seu passe... Era mal de Júpiter (o planeta)! Abel também era meio avoado.
    Arrastou o pobre Heike consigo pelas ruas daquele distrito; lindo, movimentado, iluminado pelas luzes do local. Provavelmente ocorria um festival por aquelas bandas, até pela música alta tocada ali, e faziam questão de enfeitar todo o distrito.
    A medida que caminhavam depressa, viam pessoas pelo local; era o distrito japonês. Mulheres lindas, orientais, vestindo seu kimono enfeitado e penteados tão bonitos, e os homens elegantes e charmosos, vestindo yukata. Tudo era tão belo, até mesmo os enfeites pendurados numa corda, no alto das barraquinhas de comidas e brincadeiras. Aquilo era algo pra qualquer um se deslumbrar.

    Bonito, não é? – Sorriu para o ariano enquanto olhava, com deslumbre, ao cenário que era lhes mostrado. Ren adorava coisas belas, principalmente com aquele sentimento tão grande de liberdade. – Eu já passei muito por aqui. – Não deixava de sorrir; tão livre, tão contente...

    ... Até mudar sua direção, junto a Heike, e entrar num beco com ele. Sem dizer uma palavra, Ren foi até o fim do local; diferente do cenário alegre e belo, aquele era escuro, sons abafados e possuía apenas uma porta de metal velha com alguns papéis colados, que eram anúncios de acompanhantes com os telefones das mesmas, além de uma frase pichada no muro ao lado da porta: "Quer foder? Conheça nossas 'mulheres'."

    Ok, Ren conhecia aquele lugar...?

    Ah, eu só vinha aqui pra beber, antes que pense besteira. – Afinal, Ren dava de graça, não precisava vender. – Tá na hora do meu menino virar um homenzinho.

    Abriu a porta de metal e empurrou Heike para dentro do lugar, e logo em seguida entrou junto dele. O lugar era grande, mas meio apertado por conta da lotação na pista de dança e havia um palco com "mulheres" lindas e nuas dançando, com algo tampando suas partes íntimas. As luzes eram fracas e coloridas, girando e girando enquanto todo mundo se agarrava e dançava. Havia outro palco com homens sarados também, e foi nesse palco que Ren olhou e babou por um tempo. Ah, ele ainda estava com Heike!

    Por enquanto.

    Estarei no bar te esperando. Você não tem permissão de sair daqui, só de comer algumas putas e levá-las para o quarto exclusivo, que fica na segunda porta à esquerda. Relaxa que eu paguei pra você, então... De nada! E nem precisa de passe. Não tem nenhum outro chifrudo aqui, então fica fácil de saberem que é você! Me encontre no barzinho depois. Divirta-se!

    Após isso, jogou o coitado no meio da multidão que dançava e babaca ao olhar para o palco, com as "dançarinas" tão provocantes. Ren foi até o barzinho, dentro do local, sentando-se numa das banquetas e apoiando o antebraço no balcão. O barman sorriu e cumprimentou sagitariano. Eram amigos há anos.

    Quem é aquele coitadinho que você jogou na pista?

    Meu filho. Ele não é uma gracinha, Shiro-chan? – Falava como uma mãe boba pelo filho.

    Filho? Ele deve ter uns quinze anos, não? Você não é tão velho assim, e quando eu te conheci, você era um jovenzinho. Fora que né... Você não é do tipo de homem que prefere mulher. A transa com a Heather nem vingou, não foi?

    Ren fez cara de nojo.

    Nah... Ew.

    E sobre o Dio? Você está melhor? – O barman sorria triste. Dio era um grande amigo de Ren e por quem o sagitariano havia se apaixonado na época, que morreu devido à traição e ao ataque do Serpentário.

    Eu... Eu não quero falar disso. Não hoje. – Suspirou pesadamente, e era melhor mudar de assunto. Odiava quando o clima ficava ruim. – E HEIKKUN É MEU BEBÊ! Eu o adotei como padrinho, na verdade. O Conselho ia trucidá-lo por ele ser um capeta mirim, mas eu o salvei e ele virou um anjinho!

    O barman riu, e então, ambos continuaram conversando enquanto Heike estava perdido no meio da boate.

    Notas escreveu:Heather: NPC que ninguém liga e trabalha na Nave Principal junto do Otto e a Emma, que também são NPCs e... NINGUÉM LIGA PRA ELES. EUEHUEHU

    Shiro, o barman (pensei num shizuo de cabelo preto, mano LWEKWEJKL WHY) pensou que Heike fosse mais velho mesmo, mas Ren não corrigiu porque ele nem ligou na hora e se esqueceu de corrigir. q

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