A sala, antes escura, se iluminava assim que se aproximou dali, e alguns guardas levavam o líder do Conselho Supremo ao local indicado ao mesmo. Embora fosse tão forte, era uma honra - segundo os próprios guardas - prezar pela vida daquele que guiava seu povo. No entanto, além da linha iluminada que ficava sobre o chão, anterior à porta automática que só se abria com a ordem de Abel ou autorizados, os guardas se colocavam ali, de joelhos, esperando por seu mestre.
─ Senhor Abel, rezaremos por sua vida! Onde quer que esteja...
─ Senhor Abel, por favor, tome cuidado. Não sabemos quando aquele homem voltará e...
Preocupado, virou-se rapidamente, sabendo a quem o guarda se referia.
─ Não se preocupem. ─ Contudo, não deixaria sua preoupação transparecer, esboçando um sorriso em seus lábios e acenando, de modo que os guardas poderiam se retirar dali. ─ Estou bem. Prezem pela vida dos trabalhadores desta nave, pois cada um está cumprindo os afazeres de suas devidas funções. ─ Sabia muito bem que a atitude dos guardas era desnecessária, porém, entendia o temor deles após a "quase-catástrofe" que ocorreu na nave. "Kain apenas deu um aviso... Eu só queria poder falar com ele sem que se revolte, mas é impossível...". Entrou na sala, as portas se fechando logo em seguida. Ergueu o rosto; as íris azuis, claras, se tornavam brilhantes quando parte do metal que cobria a janela se levantou, o vidro resistente sendo a única barreira entre o lado de fora e Abel. Era noite, pôde visualizar a lua, as estrelas e a cidade, tão pequena, devido a altura que se encontrava.
─ Gaia... O que eu devo fazer agora? O Conselho Supremo não tem respostas... Necessitamos de sua bênção e... Sei que Lilith não demorará até se manifestar sobre Ren. Preciso de respostas, meu deus. Ó deus. Deus da terra fértil, pai da natureza, aquele que olha por todos nós... Será que... Está na hora de contar a eles? E, se não for atrevimento de minha parte, ó, meu Soberano... Peço que me dê sabedoria para condenar o traidor entre nós. Os traidores.
Após isso, Abel se virou e o metal da janela desceu; a sala toda só não ficou toda escura peas luzes que automaticamente se acenderam. Retirou-se da sala, e as portas se fecharam quando o loiro saiu.
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A esperança de um dia trazer Kain pro lado da luz caía por terra a cada ato do escorpiano. Kain, antes de tudo, não era alguém ruim; inovador, como qualquer Aquário enterrado no mapa, e amável, como qualquer bom escorpiano, além de bom - ótimo - amante, como adoráveis vênus librianas. Era dono de maior parte das ideias que Abel colocou na mesa, inspirado pelo ex-melhor amigo; Kain era alguém realmente confiável e que pensava no bem de todos. Não era aquele monstro que Adam divulgava para o mundo, e Abel sabia muito bem do verdadeiro homem que aquele rapaz era.
Mas ele estava corrompido. Totalmente corrompido. A vingança o estragara; Se Kain era o recipiente de maçãs perfeitas, sua inveja, seu descontrole, seu rancor e toda sua raiva era apenas uma maçã estragada. Abel, inicialmente, até tentou trazê-lo de volta com uma boa conversa, mas... Kain era teimoso. Sabia muito bem o que queria agora e Abel era a única pessoa que Kain queria ver... Morta. E como Kain não é do tipo que mata de uma vez e sim que destrói - e como destrói - aos poucos, o pisciano sabia que toda a nave corria perigo, e que deveria protegê-la com tudo o que tinha. Ah, claro, e tinha Lilith, que era pior que tudo junto. Era o mal numa vaca só. Ela realmente queria destruir tudo. E se não fosse o bastante: os pecados capitais encarnados, controlados por Kain, dominados por Lilith. Cada um com seus problemas e todo mundo querendo explodir a nave.
Precisava despertar Gaia e todo o poder que havia nele, e o único capacitado para isso, mentalmente, era Rin Damien, regente da constelação de Virgem, filho da Terra. O único problema é que seu físico era fraco demais e, mesmo que sua mente fosse forte, não era resistente e poderosa o bastante para uma possessão de Gaia, no qual o deus da terra pudesse usar todo seu poder sobre o mal e manter a balança como ela deve estar. Pediu mais uma vez ajuda e sabedoria aos deuses e à deusa de sua constelação, convocando uma reunião com o virginiano. E dessa vez, não o fizera na sala de reuniões como sempre... O fizera em sua sala particular. Afinal, Abel sabia muito bem da existência dos traidores.
Esperou que Rin se acomodasse, e então seguiu com o assunto.
─ Senhor Damien, creio que, quando entrastes para a Nave, tenha ouvido falar sobre os deuses, huh? ─ Sentou-se sobre a mesa, cruzando as pernas, esboçando um leve sorriso. Prosseguiu. ─ Hypnos, o deus do sono, dos sonhos e pesadelos; Serena, a deusa dos mares e da constelação de Peixes; Lilith, a deusa da morte e controladora de todo o mal existente na terra e, por último, mas tão importante quanto os outros... Gaia, o deus da vida, da fertilidade, da natureza e controlador de todo o bem existente da terra. Isso fora os deuses de cada constelação. Libra, a balança, equilibra as forças de Lilith e Gaia, pois são as únicas capazes de afetar as decisões de qualquer ser existente aqui. Afinal, não é com água que você vai ficar bonzinho ou malvado, correto?
Riu. Ok, piadinha muito sem graça. Abel não deve ter nada de Sagitário em seu mapa astral.
─ Enfim... Eu preciso que Damien se torne mental e fisicamente mais forte. Infinitamente mais forte. É o único a quem confio a possessão de Gaia, e só assim para que Lilith seja derrotada e a balança volte ao normal. Até porque, ela quer levar a balança ao extremo, e se isso acontecer, é o nosso fim.
Afastou-se da mesa, virando-se e ficando de costas para o virginiano.
─ Seu treinamento começará em breve. Eu mesmo tratarei de treiná-lo e observá-lo sempre, sondar se está prosseguindo e, de fato, se fortalecendo. Como subiu de cargo, apesar dos acontecimentos entre seus colegas, eu conto com você. A propósito, eu responderei dúvidas suas à respeito disso e de Gaia, contudo, não direi mais que o necessário. Não desaponte sua nação, Damien.
─ Senhor Abel, rezaremos por sua vida! Onde quer que esteja...
─ Senhor Abel, por favor, tome cuidado. Não sabemos quando aquele homem voltará e...
Preocupado, virou-se rapidamente, sabendo a quem o guarda se referia.
─ Não se preocupem. ─ Contudo, não deixaria sua preoupação transparecer, esboçando um sorriso em seus lábios e acenando, de modo que os guardas poderiam se retirar dali. ─ Estou bem. Prezem pela vida dos trabalhadores desta nave, pois cada um está cumprindo os afazeres de suas devidas funções. ─ Sabia muito bem que a atitude dos guardas era desnecessária, porém, entendia o temor deles após a "quase-catástrofe" que ocorreu na nave. "Kain apenas deu um aviso... Eu só queria poder falar com ele sem que se revolte, mas é impossível...". Entrou na sala, as portas se fechando logo em seguida. Ergueu o rosto; as íris azuis, claras, se tornavam brilhantes quando parte do metal que cobria a janela se levantou, o vidro resistente sendo a única barreira entre o lado de fora e Abel. Era noite, pôde visualizar a lua, as estrelas e a cidade, tão pequena, devido a altura que se encontrava.
─ Gaia... O que eu devo fazer agora? O Conselho Supremo não tem respostas... Necessitamos de sua bênção e... Sei que Lilith não demorará até se manifestar sobre Ren. Preciso de respostas, meu deus. Ó deus. Deus da terra fértil, pai da natureza, aquele que olha por todos nós... Será que... Está na hora de contar a eles? E, se não for atrevimento de minha parte, ó, meu Soberano... Peço que me dê sabedoria para condenar o traidor entre nós. Os traidores.
Após isso, Abel se virou e o metal da janela desceu; a sala toda só não ficou toda escura peas luzes que automaticamente se acenderam. Retirou-se da sala, e as portas se fecharam quando o loiro saiu.
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A esperança de um dia trazer Kain pro lado da luz caía por terra a cada ato do escorpiano. Kain, antes de tudo, não era alguém ruim; inovador, como qualquer Aquário enterrado no mapa, e amável, como qualquer bom escorpiano, além de bom - ótimo - amante, como adoráveis vênus librianas. Era dono de maior parte das ideias que Abel colocou na mesa, inspirado pelo ex-melhor amigo; Kain era alguém realmente confiável e que pensava no bem de todos. Não era aquele monstro que Adam divulgava para o mundo, e Abel sabia muito bem do verdadeiro homem que aquele rapaz era.
Mas ele estava corrompido. Totalmente corrompido. A vingança o estragara; Se Kain era o recipiente de maçãs perfeitas, sua inveja, seu descontrole, seu rancor e toda sua raiva era apenas uma maçã estragada. Abel, inicialmente, até tentou trazê-lo de volta com uma boa conversa, mas... Kain era teimoso. Sabia muito bem o que queria agora e Abel era a única pessoa que Kain queria ver... Morta. E como Kain não é do tipo que mata de uma vez e sim que destrói - e como destrói - aos poucos, o pisciano sabia que toda a nave corria perigo, e que deveria protegê-la com tudo o que tinha. Ah, claro, e tinha Lilith, que era pior que tudo junto. Era o mal numa vaca só. Ela realmente queria destruir tudo. E se não fosse o bastante: os pecados capitais encarnados, controlados por Kain, dominados por Lilith. Cada um com seus problemas e todo mundo querendo explodir a nave.
Precisava despertar Gaia e todo o poder que havia nele, e o único capacitado para isso, mentalmente, era Rin Damien, regente da constelação de Virgem, filho da Terra. O único problema é que seu físico era fraco demais e, mesmo que sua mente fosse forte, não era resistente e poderosa o bastante para uma possessão de Gaia, no qual o deus da terra pudesse usar todo seu poder sobre o mal e manter a balança como ela deve estar. Pediu mais uma vez ajuda e sabedoria aos deuses e à deusa de sua constelação, convocando uma reunião com o virginiano. E dessa vez, não o fizera na sala de reuniões como sempre... O fizera em sua sala particular. Afinal, Abel sabia muito bem da existência dos traidores.
Esperou que Rin se acomodasse, e então seguiu com o assunto.
─ Senhor Damien, creio que, quando entrastes para a Nave, tenha ouvido falar sobre os deuses, huh? ─ Sentou-se sobre a mesa, cruzando as pernas, esboçando um leve sorriso. Prosseguiu. ─ Hypnos, o deus do sono, dos sonhos e pesadelos; Serena, a deusa dos mares e da constelação de Peixes; Lilith, a deusa da morte e controladora de todo o mal existente na terra e, por último, mas tão importante quanto os outros... Gaia, o deus da vida, da fertilidade, da natureza e controlador de todo o bem existente da terra. Isso fora os deuses de cada constelação. Libra, a balança, equilibra as forças de Lilith e Gaia, pois são as únicas capazes de afetar as decisões de qualquer ser existente aqui. Afinal, não é com água que você vai ficar bonzinho ou malvado, correto?
Riu. Ok, piadinha muito sem graça. Abel não deve ter nada de Sagitário em seu mapa astral.
─ Enfim... Eu preciso que Damien se torne mental e fisicamente mais forte. Infinitamente mais forte. É o único a quem confio a possessão de Gaia, e só assim para que Lilith seja derrotada e a balança volte ao normal. Até porque, ela quer levar a balança ao extremo, e se isso acontecer, é o nosso fim.
Afastou-se da mesa, virando-se e ficando de costas para o virginiano.
─ Seu treinamento começará em breve. Eu mesmo tratarei de treiná-lo e observá-lo sempre, sondar se está prosseguindo e, de fato, se fortalecendo. Como subiu de cargo, apesar dos acontecimentos entre seus colegas, eu conto com você. A propósito, eu responderei dúvidas suas à respeito disso e de Gaia, contudo, não direi mais que o necessário. Não desaponte sua nação, Damien.
Hohohomo escreveu:1. Ren vai ensinar Abel a contar piadinha. nn
2. Me desculpe por alguns erros no turno, Juju. ;; Fiz isso com o cu na mão do meu pai não me pegar no flagra aqui, quase 7h. q
3. Ainda penso em fazer um tópico com os deuses do mundo deles só de curiosidade. ?
4. Eu sei que não soube explicar a parte da janela... mas sabe aquelas janelas automáticas, de metal, que desce e sobe? çç Aí sobe, e dá pra ver o céu e a cidade deles. <3 Desce e fecha tudo. ;;
Sinto que esqueci algo, mas quando eu me lembrar, edito isso. qkrlh abel fala mt
Última edição por Abel em Ter Jul 01, 2014 3:48 pm, editado 1 vez(es)