Com tudo decidido, nada restava além de comunicar a todos as decisões que haviam tomado, dessa vez em alto e bom som e tentando ao máximo ignorar o excesso de barulho que o sagitariano produzia. Muito provavelmente - depois de tamanha bagunça - a maioria dos guerreiros já possuía suspeitas do que seria feito naquela primeira parte da missão, porém tomou como sua responsabilidade deixar tudo o mais claro o possível, observando as palavras serem convertidas em um arquivo por Arthemis e repassado para os comunicadores de todos os guerreiros que os acompanhariam naquela missão – também, provavelmente, para outros que por ventura precisassem dar suporte em caso de falhas graves durante a mesma.
Após tudo estar devidamente explicado, seus ouvidos propriamente trabalhados para somente escutar aquilo que considerava importante, e suas mãos ocupadas por sua arma e uma bolsa que pesava consideravelmente sobre seu ombro, lançou um olhar breve aos que entrariam consigo, acenando com a cabeça em direção ao teletransporte, e, finalmente, atravessando-o para dar de cara com um ambiente há muito conhecido, mas que parecia bem diferente do que estava acostumado a ver.
Não demorou mais que um segundo para largar a bolsa ao chão - próxima ao aparato tecnológico - e acionar o enorme machado, liberando as lâminas de plasma e se preparando para qualquer possível ataque. Nada. Não havia nenhum inimigo por perto, se sua análise breve lhe era confiável. Sob suas plantas do pé não havia qualquer vibração, qualquer sinal de movimento próximo, e os odores que absorvia somente lhe diziam “floresta” e reaviva a certeza de que tinha os seus companheiros aos seus lados. Estreitou o olhar. Aquilo era estranho.
Porém, nada foi vociferado por si de imediato, apenas desviou o olhar para Rin, esperando que ele assumisse o posto outrora combinado e focou Harold logo em seguida, observando-o trabalhar por instantes mínimos.
Certo, também precisava agir.
Sem pensar muito, deixou que as pernas o guiassem para um pouco afastado do capricorniano. Não precisaria ir longe, ao menos não naquele momento inicial. Apenas tentaria usufruir de seus sentidos absurdamente avançados e assistir a floresta sem necessariamente usar dos olhos. Respirando fundo, deixou que as pálpebras escondessem as orbes e aguçou a audição, o tato, o olfato... Ouvia muito bem os movimentos de seus companheiros. Ouvia o vento batendo nas folhas, ouvia os sons da natureza e sentia sua fragrância invadir suas narinas e criar imagens em sua mente. Mais uma vez, sob os pés, focou em toda possível vibração...
E algo lhe incomodou profundamente.
Nero não resistiu a abrir os olhos, estreitando-os em pura confusão para o nada, antes de lançar um olhar breve para os companheiros. Eles estavam bem, e isso era bom. Mas tinha algo de muito estranho acontecendo. Ainda com a face contorcida, o taurino voltou a fechar os olhos e suas suspeitas foram confirmadas.
Tudo que sentia... Era morto.
Florestas possuem animais. Possuem movimentos pequenos e grandes e todos os tipos de sons. No entanto, o máximo que ouvia era o chacoalhar das folhas, o uivo do vento – que ainda parecia tímido -, as palpitações de apenas três fluxos sanguíneos. Aquilo não era normal. Era, em realidade, extremamente assustador. E novamente abriu os olhos, caminhando a passos incertos até o capricorniano.
- Está tudo muito quieto. Isso não é normal.
Após tudo estar devidamente explicado, seus ouvidos propriamente trabalhados para somente escutar aquilo que considerava importante, e suas mãos ocupadas por sua arma e uma bolsa que pesava consideravelmente sobre seu ombro, lançou um olhar breve aos que entrariam consigo, acenando com a cabeça em direção ao teletransporte, e, finalmente, atravessando-o para dar de cara com um ambiente há muito conhecido, mas que parecia bem diferente do que estava acostumado a ver.
Não demorou mais que um segundo para largar a bolsa ao chão - próxima ao aparato tecnológico - e acionar o enorme machado, liberando as lâminas de plasma e se preparando para qualquer possível ataque. Nada. Não havia nenhum inimigo por perto, se sua análise breve lhe era confiável. Sob suas plantas do pé não havia qualquer vibração, qualquer sinal de movimento próximo, e os odores que absorvia somente lhe diziam “floresta” e reaviva a certeza de que tinha os seus companheiros aos seus lados. Estreitou o olhar. Aquilo era estranho.
Porém, nada foi vociferado por si de imediato, apenas desviou o olhar para Rin, esperando que ele assumisse o posto outrora combinado e focou Harold logo em seguida, observando-o trabalhar por instantes mínimos.
Certo, também precisava agir.
Sem pensar muito, deixou que as pernas o guiassem para um pouco afastado do capricorniano. Não precisaria ir longe, ao menos não naquele momento inicial. Apenas tentaria usufruir de seus sentidos absurdamente avançados e assistir a floresta sem necessariamente usar dos olhos. Respirando fundo, deixou que as pálpebras escondessem as orbes e aguçou a audição, o tato, o olfato... Ouvia muito bem os movimentos de seus companheiros. Ouvia o vento batendo nas folhas, ouvia os sons da natureza e sentia sua fragrância invadir suas narinas e criar imagens em sua mente. Mais uma vez, sob os pés, focou em toda possível vibração...
E algo lhe incomodou profundamente.
Nero não resistiu a abrir os olhos, estreitando-os em pura confusão para o nada, antes de lançar um olhar breve para os companheiros. Eles estavam bem, e isso era bom. Mas tinha algo de muito estranho acontecendo. Ainda com a face contorcida, o taurino voltou a fechar os olhos e suas suspeitas foram confirmadas.
Tudo que sentia... Era morto.
Florestas possuem animais. Possuem movimentos pequenos e grandes e todos os tipos de sons. No entanto, o máximo que ouvia era o chacoalhar das folhas, o uivo do vento – que ainda parecia tímido -, as palpitações de apenas três fluxos sanguíneos. Aquilo não era normal. Era, em realidade, extremamente assustador. E novamente abriu os olhos, caminhando a passos incertos até o capricorniano.
- Está tudo muito quieto. Isso não é normal.